segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Começar de Novo


O ser humano naturalmente não quer nada com Deus. Uma faixa na frente da igreja  fazendo um convite para o estudo da Bíblia traz apenas poucas pessoas se comparada a uma  faixa convidando para assistirem a um show musical de algum artista famoso. As Escrituras nos explicam o porquê – Salmo 51:5; Jeremias 17:9.

O coração é a raiz de todos os nossos problemas. Quando na Bíblia se fala do coração, está se falando da natureza ou do homem interior.
Neste contexto, é importante conhecermos a nossa essência, a natureza pecaminosa. Entenda-se por natureza pecaminosa a propensão ao pecado, a inclinação natural de viver sem Deus e dar rédea solta aos instintos do animal-homem que o ser humano é. Não há ocasiões em que você explode, machuca e fere todo mundo e depois, mais calmo, chora e se arrepende e acha que precisa mudar? Essa fera que aflora em você é a natureza pecaminosa.

O ser humano pode fazer o que quiser para promover a paz entre as pessoas, mas enquanto a natureza violenta do homem não mudar, todas as tentativas serão frustradas.
Nós gostamos de trabalhar na periferia dos problemas. Achamos que a grande prevenção contra a AIDS é a camisinha e nos esquecemos de falar da fi delidade conjugal e da pureza do sexo. Tapamos os buracos da estrada da nossa existência com barro, esquecendo que na primeira chuva os buracos continuarão ali, maiores.

Jesus faz a diferença em nossa vida. Jesus cura de verdade. E, para curar, limpa a ferida infeccionada. Por isso dói. O homem precisa de Deus, mas acaba se esquivando dessa realidade: “Não tenho tempo para pensar em Deus porque trabalho demais”.
“Quando concluir a faculdade prometo que entregarei a minha vida a Jesus”.
“Já fui longe demais, para mim não há retorno”.
Fugimos de Deus, de nós mesmos e da vida. Até que um dia caímos exaustos sem ter mais para onde ir e clamamos: Preciso de Deus e não sei onde achá-lo!

Uma experiência ajudará a entender isso: Certa vez, um pastor voltava de Brasília para São Paulo e seu companheiro de poltrona nessa viagem começou a conversar com ele. Ele era ateu. Não cria em nenhuma força sobrenatural senão aquela que ele podia ver ou tocar. Num determinado momento o avião passou por uma turbulência. Nessas horas há um clima tenso na nave. O ateu ficou mais assustado que o pastor e disse-lhe: Que Deus nos ajude! O pastor olhou para ele assustado, sem entender nada do que ele estava falando e continuou a viagem. Na hora da necessidade, todo o ser humano tende a buscar a Deus, e isso foi colocado em nosso coração pelo próprio Deus.

Curiosamente, a Bíblia nos apresenta a realidade de que não é o homem que busca a Deus. Desde a entrada do pecado, é Deus quem está sempre à procura do homem Gênesis 3:8-9. Enquanto  isso, o homem procura as  “árvores do  jardim” para se esconder de seu Senhor.

Você tem que se deixar achar. Parar de correr e dar meia volta em direção aos braços do Pai. Meia volta é a experiência chamada conversão. Jesus afi rmou isso em algumas ocasiões – Mateus 18:3; João 3:3.
Nesse  processo,  você  não  está  sozinho.  Esse  trabalho  é  feito  pelo  Espírito Santo e é na realidade um milagre – João 16:7-8. Um milagre que às vezes requer sofrimento e lágrimas.
Jonas, um profeta relutante do Senhor, foi convertido dentro do ventre de um “grande peixe”, no fundo do mar – Jonas 2:5-9.
O rei Nabucodonosor teve seus dias de glória. Não quis aceitar a grandeza de
Deus. Viveu como uma besta do campo até reconhecer que só o Senhor, o Criador
do céu e da terra, é o verdadeiro Deus – Daniel 4:34-37.
Saulo de Tarso, perseguidor implacável do cristianismo, precisou literalmente “cair por terra” para iniciar uma nova caminhada ao lado de Deus – Atos 9:1-9.

Jonas, Nabucodonosor e Saulo são exemplos de como,  às  vezes, Deus nos deixa correr até cairmos exaustos num canto da vida sem saber o que fazer e nem para onde ir. A descrição que a Bíblia faz do ser humano antes de se encontrar com Cristo não é nada animadora – Efésios 2:1-5. No entanto, quando reconhecemos a graça de Deus em nós, passamos da morte para a vida.

Como podemos experimentar esse renascimento? Existem cinco passos que nos permitem começar de novo:
1)  Crer – Atos 16:30-31. O recomeço demanda crença inabalável no poder e na graça de Jesus Cristo.
2)  Arrepender-se    Atos  3:19.  Aquele  que  crê  verdadeiramente  em  Jesus será envolvido numa real atmosfera de arrependimento por viver longe
dos caminhos dEle.
3)  Confessar – 1 João 1:9. Não basta estarmos arrependidos da nossa vida contrária à vontade de Deus. Ao confessarmos nossos pecados, demonstramos estar conscientes de que nossos caminhos não agradam ao Senhor  e  de  que  estamos  abertos  para  ouvi-lo  dizer  por  onde  devemos andar.
4)  Viver de acordo com os mandamentos de Deus – Mateus 19:16; 1 João 2:6.
É impossível alguém desejar renascer plenamente sem estar empenhado em viver de acordo com a toda a vontade do Senhor. Os mandamentos de Deus refl etem seu caráter e aquele que é nova criatura em Cristo, certamente desejará ter o caráter DEle manifesto em sua vida.
5)  Batizar-se – Marcos 16:16. O batismo é a manifestação pública do que a graça realizou no coração humano. Não é somente um ritual de ingresso na igreja, mas sim o símbolo da total identifi cação com a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do cristão.

Quando seguimos esses passos em nossa vida cristã, temos a certeza de que o recomeço se tornou efetivo em nós e podemos afirmar como Paulo em Romanos 8:1. Você não deseja experimentar isso em sua vida?
Sermão pregado no domingo 26/09/10 - extraido da série "Noites de Esperança" da UCB

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A Igreja de Mais Rápido Crescimento nos EUA


A Igreja Adventista do Sétimo Dia em Atlanta está crescendo rapidamente num país onde o resto da denominação cresce lentamente. Embora os jovens adultos estejam ausentes em muitas das congregações pelo país, a Igreja Adventista Bereana, de Atlanta, os tem atraído e mobilizado, juntamente com outros membros, para realizar atividades de alcance à comunidade e evangelismo tradicional.

A igreja, de 3.800 membros, no ano passado ganhou o maior número de membros dentre todas as igrejas nos Estados Unidos. Poderia obter a mesma distinção este ano -- no mês passado, a rede de telejornal CNN filmou um batismo na igreja, ao 110 pessoas se tornarem membros depois de uma série de reavivamento.

Ao dezenas de milhares de membros da Igreja Adventista se reunirem este mês em Atlanta para a assembleia mundial de 11 dias, da Igreja, o pastor titular da Igreja Bereana, Carlton P. Byrd, diz que mal pode esperar que cheguem para ver o estado da Igreja ali. "Eles vão descobrir que os adventistas em Atlanta são sérios", diz Byrd. "O evangelismo está vivo e vai bem".

O negócio do ministério
Byrd tem mentalidade de negócio. Além de seu doutorado em teologia, ele também obteve um mestrado em administração e participou de estágios em empresas antes de ingressar no ministério, a profissão de seu pai e avô. Ainda como estudante de faculdade ele seguia programas tanto de Teologia quanto de Administração. Esse duplo empenho ajudou-o a ser um líder mais eficaz, diz ele.

"Não se enganem, os pastores são líderes espirituais", Byrd diz, "mas a realidade é que a liderança espiritual que devemos aplicar situa-se numa organização".

A igreja de 107 anos, responsável por mais de 30 congregações dela derivadas ao longo dos anos, agora atende ativamente a jovens profissionais e jovens famílias. Conquanto a liderança de Byrd seja claramente de seu estilo próprio, é apoiada pela filosofia da congregação que o escolheu como pastor sênior em 2006, quando tinha 34 anos de idade.

A congregação e várias semelhantes destacam-se em meio a uma membresia que se fixou num limite de crescimento nos EUA, dizem dirigentes denominacionais. Um empenho evangelístico em 2009 aumentou o número de membros para pouco mais de 1,1 milhão. Contudo, a idade dos membros da Igreja está aumentando na nação de 310 milhões de pessoas e local de seu surgimento há 150 anos. A idade média dos EUA é 36,8 anos, segundo o Escritório de Recenseamento dos EUA, enquanto a idade média dos adventistas no país é de 51 anos, segundo dados da denominação.

"Temos lutado muito para crescer na América do Norte e sabemos disso", diz Carolyn R. Forrest, secretária-associada da Igreja Adventista na América do Norte. "Temos que fazer algumas coisas de modo diferente".

Fazendo Crescer Uma Igreja
A pesquisa de Sahlin diz indica que o crescimento da igreja significa manter a identidade e doutrinas adventisas, mas aceitar novos membros potencialmente diferentes de si mesmos. Muitas igrejas, diz ele, perderam o interesse em crescer. Mas para aquelas que estão crescendo, muitas têm uma estratégia de longo alcance para o envolvimento comunitário.

Alguma evidência tem sugerido que fatores-chave para o crescimento é fazer os membros se envolverem e buscarem alcançar outros. "Desafortunadamento, na sua maioria, nossos pastores não são muito de delegar e levar as pessoas a se envolverem", declara Monte Sahlin, um pesquisador para a Igreja no Estado de Ohio, que tem conduzido centenas de avaliações de Igrejas locais para a Igreja Adventista na América do Norte.

Para Byrd da Igreja Bereana de Atlanta, esse ministério é o seu trabalho de tempo integral. "Eu não fui chamado apenas para ser pastor da igreja", diz ele.
"Devo pastorear a comunidade".

23 Jun 2010, Silver Spring, Maryland, United States
Ansel Oliver/ANN

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mercado da fé

Por que hoje em dia as igrejas tomam tanto dinheiro de fiéis que, às vezes, não têm nem para o sustento próprio?
Por Alberto R. Timm

A Bíblia ensina que os fiéis devem devolver ao Senhor o dízimo, ou seja, dez por cento de suas rendas (Ml 3:8-10; comparar com Mt 23:23). Além do dízimo, devem dar ofertas voluntárias. Essas dádivas devem ser proporcionais aos lucros obtidos, mesmo que estes sejam de pequeno valor. O exemplo da viúva pobre, registrado em Marcos 12:41-44, deixa claro que não apenas os abastados mas também os pobres devem contribuir financeiramente, de acordo com suas posses, para o avanço da causa de Deus na Terra (1Co 9:13 e 14).
Existe hoje, porém, um número significativo de denominações cristãs que extrapolam os ensinamentos bíblicos, transformando-se em verdadeiras empresas de exploração financeira dos crentes. Certos pregadores da chamada “teologia da prosperidade” chegam a prometer aos fiéis que, se forem generosos em suas dádivas, poderão até escolher antecipadamente as “bênçãos” a serem reivindicadas de Deus. Entre as opções, estão o tipo de casa e a marca de carro que desejam ter, bem como o saldo da conta bancária que mais lhes agrada. Agora, se a tal “bênção” não acontece como prometida, a culpa é sempre atribuída aos próprios doadores que não exerceram a “fé” necessária para isso! Valendo-se da credulidade do povo menos esclarecido, muitos pregadores populistas condicionam a satisfação de necessidades básicas de uma pessoa ao montante de donativos financeiros por ela entregue aos cofres da igreja.
As “curas” das enfermidades e os “milagres” para melhorar a qualidade de vida são propagados como decorrentes de tais donativos. Apelos públicos acabam manipulando os doadores com perguntas como: “Você prefere uma bênção de apenas 50 reais ou uma de 500 reais? Mas por que você não reivindica de Deus, com fé, uma bênção equivalente a 5.000 reais?”
Algumas pessoas até poderão melhorar sua condição financeira seguindo esses apelos populistas. Mas a indiscutível realidade é que nem Cristo e nem os Seus apóstolos jamais se valeram desse tipo de manipulação psicossocial. Eles curavam os doentes e ressuscitavam os mortos sem nunca solicitar donativos de gratidão como recompensa pelos “serviços prestados”.
Embora os atuais pregadores da prosperidade se digam cristãos, eles são movidos bem mais pela postura gananciosa de Geazi do que pelo espírito altruísta do profeta Eliseu (ver 2Rs 5:1-27). Desconhecendo que Deus “faz nascer o Seu sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5:45), esses pregadores apresentam ao mundo um deus caricaturizado, nepotista e agiota.
Além disso, os “testemunhos” exibicionistas veiculados nos meios de comunicação, como propaganda das “bênçãos” que podem ser alcançadas em determinadas denominações cristãs, são claramente reprovados por Cristo no relato da oferta da viúva pobre (ver Mc 12:41-44; Lc. 21:1-4) e na parábola do fariseu e do publicano (ver Lc. 18:9-14). Em Mateus 6:2-4, Cristo adverte: “Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.
Portanto, a teologia da prosperidade, com seus apelos e testemunhos populistas, não reflete o verdadeiro ensinamento bíblico sobre a fidelidade discreta nos dízimos e nas ofertas. A religião ensinada por muitos pregadores da prosperidade não passa de uma religião de marketing populista para conseguir aumentar, a qualquer custo, o número de adeptos e os recursos financeiros de suas igrejas.

Fonte: Sinais dos Tempos, janeiro/fevereiro de 2002. p. 30 (usado com permissão)

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