quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Seja aberto com os seus filhos sobre o conflito dentro da igreja

Nebraska, Estados Unidos…[ASN] Os pastores adventistas do sétimo dia que promovem a relacionalidade em sua família e um ambiente aberto para discutir qualquer assunto, especialmente o conflito dentro da igreja, são fatores importantes para ajudar a evitar o conflito dos seus filhos adultos, de acordo com a minha pesquisa sobre o conflito de filhos de pastores adventistas no meio oeste dos Estados Unidos.

Meus achados estão baseados em 21 mil elementos de dados da pesquisa bruta de casais pastorais adventistas com filhos adultos. A partir dos dados, 40 fatores de conflito emergiram – dos quais 11 eram severos.
Fui atraído para este projeto por causa da gravidade e ironia de perder meus próprios filhos enquanto dedicava minha vida inteira para salvar os filhos dos outros – e talvez por perdê-los não acidentalmente, mas por causa desse ministério.
A despeito dos estudos anteriores sobre o conflito da juventude adventista, não houve estudo significativo dos pais pastores que perderam filhos adultos com referência à comunhão da igreja.
Para identificar os fatores causadores, eu enviei um questionário de 111 perguntas para cada um dos 222 pastores ativos e jubilados da Mid-America Union dos Adventistas do Sétimo Dia que têm filhos adultos. Os dados solicitados eram baseados na pergunta da pesquisa: Que influências dos pais pastores adventistas no centro dos Estados Unidos podem afetar se seus filhos experimentam um conflito a partir dessa denominação após se tornarem adultos?
Os dados coletados a partir de 113 questionários devolvidos renderam o seguinte resumo de conclusões:
1. A relacionalidade da família é necessária para a liberdade e a confiança expressadas na discussão de assuntos controversos. Não há causa maior de conflito do que tentar proteger as crianças do conhecimento ou impedir a discussão sobre conflito da igreja ou denominacional.
2. A falta de relacionalidade na família pastoral é uma das causas mais sérias do conflito dos filhos de pastores. Os pastores com o maior índice de retenção de filhos adultos são aqueles que conseguiram proporcionar a experiência familiar mais positiva e “divertida” na casa pastoral e que ficaram próximos o suficiente para falar sobre qualquer assunto numa atmosfera de liberdade que dava às crianças e aos adolescentes liberdade de expressão no desenvolvimento de sua própria experiência de fé.
3. O conservadorismo dos pais a respeito dos padrões do estilo de vida não é estatisticamente significativo no conflito.
4. O legalismo a respeito da doutrina evangélica é uma causa moderadamente significativa de atrito.
5. O legalismo em relação a praticar os princípios do evangelho é uma das principais causas de atrito.
6. Os pais pastores manterem seus próprios filhos num padrão comportamental mais alto que o de outras crianças e adolescentes na igreja é uma grande causa de atrito.
7. Um forte indicador de fidelidade futura como adulto é se o filho de pastor durante os anos de desenvolvimento toma iniciativa de se aproximar do pai ou da mãe para discutir assuntos espirituais.
8. A crítica congregacional dos membros da família pastoral prognostica futuro atrito dos filhos adultos.
9. Há uma significação definida entre a experiência de se entrar no pastorado durante a faixa dos 30 anos e o futuro atrito dos filhos.
10. Ter um avô pastor é um fator estabilizador na vida espiritual de um filho de pastor.
Resumindo, os fatores mais significativos para o pastor evitar atrito são a capacidade de discutir problemas da igreja na casa do pastor, enquanto ele também dá aos adolescentes liberdade para desenvolverem sua própria experiência de fé sem a expectativa de serem super santos porque vivem numa casa de um pastor.
Os adventistas do sétimo dia podem se dedicar a isso em termos práticos interpretando as crenças denominacionais fundamentais no contexto do evangelho e vivendo numa comunidade missionária de paz.
Talvez esta pesquisa possa até fomentar estudos similares em outras culturas e regiões do mundo e oferecer uma compreensão valiosa aos colegas enquanto eles ministram para o rebanho mais especial – o seu próprio rebanho.
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Martin Weber, D.Min, trabalha como Diretor de Comunicação da Mid-America Union, com sede em Lincoln, Nebraska, Estados Unidos.

4ª CARTA - A IGREJA DE TIATIRA

NOME DA IGREJA..................................... TIATIRA
SIGNIFICADO............................................. SACRIFÍCIO DE CONTRIÇÃO
PERÍODO APROXIMADO......................... Ano 538 - 1517
TEXTO BÍBLICO........................................ APOCALIPSE 2:18 - 29

A palavra “Tiatira” é definida como: “Sacrifício de Contrição”. Esse nome retrata perfeitamente o período da igreja de tiatira, onde Roma Papal dominou praticamente o mundo com suas perseguições aos fiéis servos de Deus. O papado romano sacrificou inúmeros cristãos. Dentre os perseguidos que tiveram que fugir, podemos citar os VALDENSES e ALBIGENSES, além de tantos outros que foram vítimas dos horrores infligidos por esse falso sistema religioso, que tinha agora o poder do Estado ao seu lado. O período de perseguição papal da Idade Média, marcou com sangue inocente, o início de um grande período de perseguição religiosa quem começou em 538 e se estendeu até 1798. (os 1260 anos de perseguição papal serão abordados nos capítulos 11, 12 e 13 de apocalipse). O decreto do imperador Justiniano estabelecendo o Bispo de Roma como “O CABEÇA DE TODAS AS IGREJAS”, deu aos papas autoridade temporal e eclesiástica sobre todas as igrejas. Muitos cristãos sinceros foram mortos pela INQUISIÇÃO durante esse período e Satanás, sob o disfarce religioso, vitimava aqueles que não concordavam com o clero católico.

AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À TIATIRA

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Filho de Deus, olhos como chama de fogo, pés de bronze.

É a primeira vez que Cristo se apresenta a Sua igreja com este título “Filho de Deus”, em todo o livro de Apocalipse. Por qual motivo? É simples. Porque o lugar do “Filho de Deus” seria usurpado pelo “Filho da Perdição” ou “Homem do Pecado”, nesse período da história da igreja cristã. O apóstolo Paulo se referiu a ele quando escreveu aos tessalonicenses em II Tessalonicenses 2:3,4 “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, por que isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o “homem da iniqüidade”, o “filho da perdição”, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.”

2 – CRISTO CONHECE – Obras, amor, fé, serviço, perseverança.

3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – Últimas obras mais numerosas, excedem as primeiras.

O período da igreja de tiatira é o mais longo dentre as sete igrejas. A igreja nesse período foi também chamada de “IGREJA DO DESERTO”, em virtude do povo de Deus ter que fugir para lugares desertos e montanhas, tentando escapar das grandes perseguições de Roma papal. Os sinceros servos de Deus demonstraram uma viva fé, com obras, serviços, amor e perseverança diante das adversidades. Alguns dos seguidores de PEDRO WALDO, os waldenses, rejeitavam a supremacia do papa e mantinham a Bíblia como única autoridade suprema, infalível. Os evangelhos de S. Mateus e S. Marcos eram memorizados, como também algumas das epístolas. Algumas vezes em escuras cavernas, onde se escondiam do clero católico romano, esses valorosos cristãos copiavam as Escrituras Sagradas, sob a luz de tochas. Como mercadores e vendedores, saiam para negociar seus artigos como jóias, tecidos e outros, nos mercados e ao mesmo tempo levavam porções das Escrituras Sagradas. Quando falavam do evangelho e o interesse era despertado, deixavam de bom grado alguns desses manuscritos.
Cristo falou que as últimas obras eram mais numerosas que as primeiras em TIATIRA. Isso mostra um crescimento espiritual e realmente houve uma grande mudança no fim do período de TIATIRA, com o surgimento da REFORMA DO SÉCUO XVI, conhecida como REFORMA PROTESTANTE.

4 – REPREENSÃO E REPROVAÇÃO – Tolerância à Jezabel. Não se arrepende.

Jezabel é utilizada aqui num sentido figurado, pois, a Jezabel dos tempos bíblicos não mais existia nessa época. Mas, quem era a Jezabel que Jesus se referiu na época da igreja de TIATIRA? Em profecia uma mulher pura é símbolo da igreja verdadeira do Deus vivo. (“2 Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.” - II Coríntios 11:2), (“7 Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,” “8 pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.”– Apocalipse 19:7,8) (“5 Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.” “6 Porque o SENHOR te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus.”- Isaias 54:5,6). Porém, quando a profecia bíblica faz referência a uma MULHER IMPURA, PROSTITUTA, ou que ENSINA UMA MENSAGEM CONTRÁRIA a verdade do evangelho eterno, essa mulher está simbolizando uma falsa igreja. Para podermos definir essa simbólica Jezabel que havia no período da igreja de TIATIRA, precisamos conhecer quem era a JEZABEL do antigo testamento e o que ela fez ao povo de Deus.
A história de Jezabel encontra-se registrada no livro de I Reis capítulos 16 ao 21.
Ela era uma princesa estrangeira fenícia, que casou-se com Acabe, rei de Israel. Jezabel introduziu o culto ao sol e a idolatria em Israel, levando quase toda a nação a adorar Baal, deus pagão que era adorado por ela. Ela tinha 850 (oitocentos e cinquenta) profetas ou sacerdotes idólatras. Mandou matar muitos dos israelitas que se recusaram a adorar a Baal e a abdicar da adoração ao Deus verdadeiro. Surge o profeta Elias da parte de Deus, com a profecia de não chover por 3(três) anos e 6(seis) meses como castigo sobre os idólatras. Toda a terra de Israel sofreu com a seca e grande número de pessoas sucumbiu pela fome. Após os três anos e meio de estiagem, o profeta Elias convoca o povo no MONTE CARMELO, prova a ineficiência do culto idólatra e manda matar a todos os falsos profetas de Baal.
Agora que sabemos quem foi Jezabel do antigo testamento podemos estabelecer um paralelo entre a Jezabel da época do povo de Israel com a Jezabel simbólica do Apocalipse.
Vamos resumir as obras detestáveis que a Jezabel do antigo testamento fez:

1 - Introduziu o culto idólatra e do SOL entre o povo de Israel;
2 - Proibiu o povo de cultuar a Deus de forma verdadeira, conforme Deus queria;
3 - Tinha uma multidão de sacerdotes falsos a seu comando;
4 - Introduziu falsos ensinos religiosos no meio do povo de Deus;
5 - Perseguiu de morte os servos sinceros de Deus que não aceitavam seus ensinos.

Querido amigo, raciocine comigo: Qual foi a igreja que durante os séculos V a VX, introduziu os seguintes erros no cristianismo, que vamos relacionar agora?

1 -Introdução da idolatria na igreja cristã com uso de imagens de escultura;
2 - Intercessão de santos como mediadores;
3 - Proibição do verdadeiro culto a Deus segundo as Escrituras Sagradas;
4 - Mudou o método de salvação ao introduzir a venda de indulgências, substituindo a salvação pela fé, por salvação pelas obras;
5 – Tinha multidões de sacerdotes sob suas ordens;
6 – Perseguiu de morte os servos de Deus que se opunham aos seus ensinos;
7 – Instituiu o tribunal da INQUISIÇÃO, onde inúmeros cristãos foram julgados e mortos.

A única igreja que reúne todas essas características é, sem sombra de dúvidas, a Igreja de Roma, Igreja Católica Apostólica Romana, a Jezabel da profecia, uma falsa igreja que pretende ser inspirada divinamente, contudo, é apontada nas profecias como igreja anti-cristã por seus ensinos e atos. Nos capítulos 13(treze) e 17(dezessete) de apocalipse falaremos mais detalhadamente sobre os erros doutrinários que a igreja papal criou.

Em Apocalipse 2 versículo 21, Jesus diz: (“21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.”). Ela quem? A Igreja.
A apostasia da igreja de Roma fez com que ela substituisse o divino pelo humano. Essa igreja, transviada, era uma parte do todo unido da igreja de Cristo, contudo, mesmo contrariando a vontade de Deus, ela apartou-se da sã verdade. Jesus com muita tristeza e pesar concedeu um tempo para que ela se arrependesse, mas, infelizmente, ela havia contraído matrimônio com o Estado. Trocando de senhor, a igreja de Roma adquiriu independência do todo da igreja de Cristo e agora, com vida própria e sob a liderança de homens que pretendiam honras divinas, a profecia de Paulo em II Tessalonicenses 2:3 e 4, estava completa. (“3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição,” “4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.”).

5 – CONSELHO – Conserva o que tens até que eu venha.

Aqui é a primeira vez que aparece nas cartas apocalípticas a mensagem da segunda vinda de Cristo. Ele aconselha a igreja conservar o que ela tem de mais valioso (depois de Cristo, é claro), ou seja, a eterna verdade pura do evangelho que lhe fora confiado. Nada no mundo deveria fazer a igreja perder esse glorioso patrimônio que lhe foi dado regado com o sangue dos fiéis nos períodos anteriores.

6 – AVISO ADVERTÊNCIA – Prostrarei de cama. Grande tribulação, morte.

A igreja de Roma, a Jezabel espiritual, seria considerada adúltera, pois, todo o desvio da doutrina original do evangelho é considerada adultério.
Há comentaristas que acreditam que a “grande tribulação” aqui mencionada, se trate da perseguição infligida pela igreja Romana, os chamados 1260 anos de perseguição.
Os filhos de Jezabel que o verso 23(vinte e três) menciona, são os adeptos desse falso sistema religioso que seguem suas doutrinas adulteradas. Quando Cristo menciona que os matará, há comentarista que afirma ser essa morte, a chamada “segunda morte”, que ocorrerá após o milênio, quando a moderna Jezabel, suas filhas (as falsas igrejas que enganou), receberão o justo castigo segundo suas obras.

Em apocalipse 2:24, Jesus faz alusão aos “demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina”, dizendo-lhes: “outra carga não jogarei sobre vós”. O vocábulo “carga” é uma tradução do grego “Baros” e alude a uma responsabilidade definida referente à vida cristã. A “carga” que os sinceros cristãos da Idade Média carregam, foi a responsabilidade de enfrentar a idolatria da igreja de Roma e recusá-la, mesmo que essa “Jezabel” usasse a perseguição e até a morte a fim de impor suas falsas doutrinas. Outra responsabilidade tão extensa como essa do período de Tiatira, Jesus disse que não colocaria sobre os cristãos.
Sobre os “demais de Tiatira”, são os cristãos que não aceitaram as falsas doutrinas que a Igreja de Roma queria lhes impor. São os vários fiéis que foram perseguidos e muitos deles até mortos, principalmente no período da INQUISIÇÃO. Dentre esses podemos citar:

JAN MILIC – Secretário do imperador Carlos IV
JOÃO WYCLIFFE – Professor em Oxford
SIR JOHN OLDCASTLE – Conhecido como Lord Cobham. Foi assado lentamente, vivo. Morreu cantando louvores a Deus.
JOÃO HUSS – Foi morto, queimado vivo no dia 06 de julho de 1415.
MARTINHO LUTERO – Excomungado como herege pelo Papa e perseguido por descobrir e pregar os erros da doutrina católica romana.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – Autoridade, Cetro e Reinado, Estrela da Manhã

A autoridade que Cristo prometeu será durante o milênio, quando os servos fiéis de Cristo, juntamente com Ele, participarem do julgamento das nações ou dos indivíduos que rejeitarem salvação dada por Jesus. Após o julgamento e depois do milênio, também participarão com Cristo na execução da sentença sobre as nações condenadas. O Cetro de ferro, quer dizer que com justiça inflexível, quebrantarão as nações e povos que renegaram a Cristo e Sua salvação.

A Estrela da Manhã é o próprio Jesus (“16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã.” - Apocalipse 22:16). Ele prometeu estar com Seus filhos fiéis no momento em que a igreja estivesse vivendo sua mais escura hora de apostasia. Alguns reformadores como João Huss, Wycliffe e outros, foram inspirados por Cristo e conduziram o povo de volta a Bíblia no final desse período e início do outro.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

3ª CARTA À IGREJA EM PÉRGAMO

NOME DA IGREJA..................................... PÉRGAMO
SIGNIFICADO............................................. ELEVAÇÃO
PERÍODO APROXIMADO......................... Ano 313 - 538
TEXTO BÍBLICO........................................ APOCALIPSE 2:12-17

Pérgamo significa “ELEVAÇÃO”, pois a própria cidade estava localizada numa elevação (montanha) de 1000 pés (300 metros) acima do vale. Este significado descreve evidentemente o caráter e a vida espiritual da igreja em seu novo período. A igreja de Pérgamo é também denominada “IGREJA IMPERIAL”, em virtude de ter sido elevada à categoria de IGREJA DO ESTADO e de terem os imperadores preponderância (predomínio, supremacia) em sua vida a começar com CONSTANTINO I, O GRANDE. O terceiro Selo, que corresponde ao mesmo período de Pérgamo, esclarece melhor como a igreja foi elevada à categoria de igreja do estado.
Outra curiosidade da cidade de Pérgamo era que ela era um grande centro cultural. Possuía uma biblioteca de 200.000 (duzentos mil) rolos (volumes), concorrendo com a do Egito. O interessante era que o rei do Egito, PTOLOMEU V, proibiu as exportações de papiro de seu país. O papiro vinha de uma planta que nascia as margens do NILO. Sem ter papiro para escrever, os habitantes de Pérgamo fundaram fábricas de pergaminho. O pergaminho era um tipo de couro altamente refinado. A sanção econômica do rei do Egito, funcionou como um estímulo aos habitantes de Pérgamo, levando-os à concorrência e criando um produto de superior qualidade, o pergaminho que nos lembra sua origem, Pérgamo.
AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À PÉRGAMO

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Aquele que tem a espada afiada de dois gumes.

Jesus aqui se apresenta como “aquele que tem a espada afiada de dois gumes”. Essa espada não é uma espada real, de aço, mas simbólica. É A ESPADA DO ESPÍRITO, A PALAVRA DE DEUS de Efésios 6:17 e Hebreus 4:12, que penetra ao ponto de dividir juntas e medulas, ou seja, penetra no mais profundo da vida física e espiritual. Que interpreta os pensamentos e intenções ou os desejos concretizados pelo coração humano. Com uma espada tal vem Jesus fazer guerra à igreja que o abandonou para amparar-se no braço do estado romano.

2 – CRISTO CONHECE – Mora onde está o trono de Satanás.

Para entendermos o porque de Cristo dizer que a igreja de Pérgamo habita onde está o trono de Satanás, precisamos recapitular um pouco mais da história dessa cidade.
Quando os persas conquistaram os babilônios, estabeleceram liberdade a seus habitantes. Os sacerdotes babilônicos, mais tarde, revoltaram-se e saíram da cidade de Babilônia. Posteriormente fugiram para Pérgamo e estabeleceram ali o seu quartel general, Pérgamo, portanto, tornou-se assento do satânico sistema dos mistérios de Babilônia. Esta falsa religião foi edificada com a falsa pretensão de estabelecer uma ponte entre o céu e a terra. O monarca governante tornou-se o líder do sistema. Seu título “PONTÍFICE MÁXIMO”, é significativo. “PONT” significa uma ponte e “MÁXIMUS” significa “GRANDE”. Em outras palavras este título quer dizer: “O EDIFICADOR DA GRANDE PONTE”. Pontífice significa também “FAZEDOR DE PONTE”, portanto, a expressão completa do título “Pontífice Máximo” é: O MAIOR CONSTRUTOR DE PONTES. Podemos ver que há uma semelhança com a Torre de Babel, cujo propósito era alcançar o céu por esforços humanos.
Quando os romanos, em suas conquistas, apoderaram-se da cidade de Pérgamo, fizeram-na capital da Ásia menor e sede de um tribunal. O rei de Pérgamo, ao entregar seu reino aos romanos, entregou também todo este culto que agora tinha sido transferido para Roma e desde então tem sido o quartel general deste falso sistema. Roma passou a ser o local onde está o trono de Satanás, pois, Satanás governava utilizando os imperadores como instrumentos que eram adorados como deuses.
Outra curiosidade sobre o governo de Satanás através dos imperadores é que com o passar do tempo, a cidade de Pérgamo, tornou-se também a sede de muitos templos pagãos. Foi erigido um templo em honra ao imperador Augusto, em 29 a.C. Posteriormente, outro templo foi dedicado à adoração do imperador Trajano e, bem mais tarde, um outro dedicado ao imperador Severo.

3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – Conserva o nome de Jesus, não negou a fé. “Antipas, minha fiel testemunha.”

Mesmo habitando na cidade onde estava o trono de Satanás, a cidade dos césares deificados, a igreja retinha nome de Cristo e a Sua fé.
Sobre “ANTIPAS”, alguns comentaristas dizem o seguinte: Antipas não era propriamente um personagem, e sim uma classe de cristãos que resistia ao desenvolvimento do poder dos Papas e Bispos. Uma combinação de duas palavras: “Anti”, significando “CONTRA”, “OPOSTO”, e “Papas”, significando “PAI” ou “PAPA”.
Outra interpretação focaliza “Antipas” como um mártir, que se recusou a adorar o imperador, tendo sido colocado dentro de um bezerro de latão ou bronze, até ser queimado lentamente quando o tal bezerro foi aquecido ao ponto de ficar incandecente.

4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO – Permite doutrina de Balaão e Nicolaítas.

O nome de Balaão é usado aqui como uma metáfora para representar aqueles cristãos de Pérgamo que estavam praticando uma religião misturada com o paganismo.
Para entendermos melhor o assunto, vamos tentar resumir a história de Balaão nesse período da idolatria de Israel.
Balaão foi um profeta de Deus que O serviu por muitos anos, contudo, aceitou suborno oferecido por Balaque, rei dos Moabitas, que queria ver o profeta amaldiçoar os filhos de Israel, de maneira que estes não pudessem derrotar os moabitas em batalha.
Deus interviu e todas as vezes que Balaão se reunia com Balaque, proferia uma bênção para o povo de Israel ao invés de maldição. Balaque ficou irado, pois, por três vezes isso se repetiu. Como Balaão estava disposto a obter a recompensa oferecida por Balaque, aconselhou este último a que convidasse os israelitas para um festival pagão, no qual foram oferecidos muito vinho e muitas mulheres. Iludidos pela música e dança e também seduzidos pela beleza das mulheres gentílicas, romperam sua fidelidade a Deus. A condescendência com o vinho, enuviou-lhes os sentidos e derribou as barreiras do domínio próprio. A paixão teve pleno domínio; e, havendo contaminado suas consciências pela depravação, foram persuadidos a curvar-se aos ídolos. Ofereceram sacrifícios sobre os altares gentílicos e participaram dos mais degradantes ritos. O veneno se espalhou como uma infecção mortal pelo acampamento de Israel, e eram tantos os culpados que a apostasia se tornou nacional. O plano de Satanás tendo como instrumento Balaão, foi tão bem sucedido que não somente se achavam os israelitas a participar do culto licencioso do monte Peor, mas os ritos pagãos estavam vindo a ser observados no acampamento de Israel.
Tal era a tendência dos tempos no período da igreja de Pérgamo, no sentido de falsificar o cristianismo com o espírito do paganismo.
O paganismo não podia vencer a igreja como um inimigo. O perigo surge agora de sua amizade. Mediante aliança com o cristianismo, as práticas pagãs introduziu-se na igreja e foi nesse período, representado por Pérgamo, que a adoração de imagens ingressou na igreja.
Esta mútua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do homem do pecado predito na profecia de Paulo em II Tessalonicenses 2:3-4. Esse gigantesco sistema de religião falsa é a obra-prima do poder de Satanás.
Sobre a doutrina dos Nicolaítas, já falamos dela na carta à Éfeso (3ª característica)

5 – CONSELHO – Arrepende-te.

6 – AVISO, ADVERTÊNCIA – Farei guerra, pelejarei contra eles.

A igreja foi chamada ao arrependimento, ao abandono das doutrinas de Balaão e dos Nicolaítas. Se ela não se erguesse para arrancar de seu meio tão repugnantes práticas, seria responsável pelo mal e o SENHOR contra ela batalharia com a espada aguda de Sua boca, ou seja, uma simbologia do poder de Sua Palavra que foi também mencionada na 1ª característica da carta à Pérgamo.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – Maná escondido, Pedrinha branca e Novo nome.

Um vaso com maná foi colocado na sagrada arca no santuário erigido por Moisés. Este era conhecido como “o Maná escondido” (Hebreus 9:3,4) e era um tipo de Cristo, ou seja, Jesus explicou a seus seguidores que, num sentido espiritual, Ele próprio é o maná, o verdadeiro pão que desceu dos céus (João 6:31-51). Somente quando nos alimentamos dEle, o “Pão Vivo”, podemos crescer a Sua semelhança.

A pedrinha branca e o novo nome possuem significados interessantes. Alguns comentaristas dizem que isso refere-se a um antigo costume judicial, em que os juízes nas cortes, nesse tempo, usavam pedras brancas e pretas ao fazerem suas decisões. Quando o réu era condenado, colocava-se uma pedra preta numa urna e quando era inocentado, colocava-se uma branca. Também quando os escravos eram libertados, recebiam pedras brancas onde seus nomes, algumas vezes eram mudados e escritos na pedrinha.
Havia também um costume nos tempos primitivos, onde era difícil viajar por falta de lugares para se hospedar. Nessa época, as pessoas hospitaleiras e as que se beneficiavam da hospitalidade, passavam a ter profunda amizade e consideração mútua. Os gregos e romanos criaram um costume para facilitar a prática. Uma marca, geralmente uma pedrinha branca, cortada pelo meio, sobre cujas metades o dono da casa e seu hóspede escreviam mutuamente seus nomes, para depois intercambia-las (trocá-las). A apresentação dessa pedra bastava para assegurar, a eles, seus filhos e descendentes, amizade, quando quer que voltassem a viajar pela mesma região. É evidente que estas pedras tinham de ser guardadas privadamente, e ocultadas com cuidado, os nomes escritos nelas, para que outras pessoas não obtivessem os privilégios em vez daquelas a quem estavam destinados.

Jacó, depois de sua vitória ganhou um novo nome (Gênesis 32:28). Cada um que vencer, receberá um novo nome, segundo Isaias 60:2. Será um nome que representa a inviolável e santa amizade eterna com Jesus. Um nome que indica que fomos vitoriosos pelo sangue de Cristo.

2ª CARTA À IGREJA EM ESMIRNA

NOME DA IGREJA..................................... ESMIRNA
SIGNIFICADO............................................. Mirra=Perfume(CHEIRO SUAVE)
PERÍODO APROXIMADO......................... Ano 100 – 313 d.C.
TEXTO BÍBLICO........................................ APOCALIPSE 2:8-11

Esmirna significa Mirra = “perfume” ou “Cheiro Suave”. Mirra, em si mesma, é uma pequena planta, que quando esmagada, desprende uma resina aromática de cheiro agradável e de sabor amargo. Entrou na composição aromática do óleo da unção do santuário, seu mobiliário e seus sacerdotes (Êxodo 30:22-30).
Davi e Salomão empregaram a mirra como figura da agradável fragrância que emana do caráter de Cristo (Salmo 45:8; Cântico dos Cânticos 1:13). Um dos presentes que Jesus recebeu, ao nascer, foi mirra (Mateus 2:11). Na Sua morte, Jesus foi ungido com mirra para Sua sepultura (João 19:39-40).
O caráter de Sua igreja, que não deve ser diferente do dEle, é também simbolizado pelo perfume da mirra.
Da mesma forma que a pequena planta chamada de mirra, exalava um belo perfume, quando era esmagada, assim também, a igreja de Esmirna quando “esmagada” por perseguições, exalava o suave perfume simbólico da “mirra” da fidelidade e do amor a seu Salvador.

AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À ESMIRNA

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Primeiro e Último, esteve morto, mas tornou a viver.

Sabendo que a igreja de Esmirna passaria por perseguições e até mortes, Jesus procura emprestar um pouco de Sua experiência (esteve morto, mas tornou a viver). Assim sendo, alguns morreriam, mas, a ressurreição estaria assegurada, da mesma forma que Ele morreu e também ressuscitou.

2 – CRISTO CONHECE – Tribulação de 10(dez) dias, falsos judeus, sofrimentos vindouros, pobreza.

O período simbolizado por essa igreja, foi marcado pelo martírio e perseguição aos cristãos. Em profecia, um dia equivale a um ano (Números 14:34; Ezequiel 4:7). Realmente, a igreja de Cristo nesse período sofreu uma perseguição como nunca sofrera antes. Como a profecia indicava uma tribulação de 10(dez) dias e dias representam anos (em profecia), foram 10 (dez) anos de perseguição religiosa. O imperador Deocleciano decidiu que o cristianismo deveria ser eliminado da face da terra e o nome de Cristo apagado. Assinou o edito de Nicomédia em 23 de fevereiro de 303, estabelecendo que todas as igrejas deveriam ser destruídas e queimados os livros sagrados. Alguns pesquisadores calcularam que os mártires dessa perseguição, chegaram a cerca de 50.000 (cinqüenta mil).
Uma verdadeira chacina seguiu-se ao Edito de Nicomédia. Deocleciano autorizou aos seus soldados inventarem novas torturas contra os seguidores de Jesus. Bastões, açoites, cordas. Eram pendurados a postes e em seguida rasgavam-lhe as carnes com unhas de ferro, arrancando-lhes pedaços das pernas, do ventre e das faces. Alguns eram queimados em imensas fogueiras sem distinção de idade ou sexo. Em um dia de natal, na hora do culto, homens cercaram a grande igreja de Nicomédia, repleta de cristãos, juntaram lenha e palha e incendiaram o vasto edifício e todos, em número de 14.000 (quatorze mil), segundo os gregos, foram mártires.
Temos também a história dos 40 gladiadores romanos que aceitaram a fé cristã e devido a isso foram colocados despidos na neve para morrerem de frio e fome. Eles cantavam na noite fria e gelada o seguinte:

“Quarenta gladiadores, por Jesus Cristo lutando;
Pedindo dEle vitória, a coroa reclamando.”

A perseguição terminou 10 (dez) anos depois, quando Constantino assumiu o controle do império romano, assinando o Edito de Tolerância, conhecido como “Edito de Milão”, em fevereiro de 313, concedendo a liberdade de culto aos cristãos e determinando que fosse restituído os bens confiscados dos mesmos durante as perseguições. A perseguição de 10 (dez) anos, portanto, durou de fevereiro de 303 a fevereiro de 313. A acusação de Cristo de que na igreja de Esmirna havia falsos judeus, equivale a dizer que nela havia falsos cristãos,e que, dizer que é cristão sem realmente o ser, era uma afronta para Deus e esses que assim procediam eram considerados, por Cristo, como membros da igreja de Satanás.

3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – És rico(na fé).

As perseguições tinham tirado os bens materiais dos cristãos,contudo, mesmo diante da pobreza material, Jesus disse que eles eram ricos. Em bens materiais, a igreja de Esmirna tornou-se pobre, porém, era rica na fé, segundo Tiago 2:5.

4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO – Não existe repreensão, não existe reprovação.

5 – CONSELHO – Não temas. Sê fiel até a morte.

Verdadeiramente os cristãos de Esmirna cumpriram os pormenores dessa profecia. Esmirna foi fiel até a morte e manteve-se uma “mirra”, um perfume, um cheiro suave de fidelidade ao ser “esmagada” pela perseguição.

6 – AVISO, ADVERTÊNCIA – Não existe aviso, não existe advertência.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – Coroa da vida. Não terá segunda morte.

Vemos pela primeira vez no apocalipse o texto sobre A SEGUNDA MORTE. O que é A SEGUNDAS MORTE? É o resultado da culpa do pecador em pecar contra Deus. Quando todos os ímpios ressuscitarão, após o milênio, para morrerem pela segunda vez e ser exterminado todo o pecador que não se arrependeu de seus pecados, não os confessou à Jesus e não fez de Cristo seu Salvador pessoal, nem andou segundo os princípios bíblicos da Palavra de Deus.

1ª CARTA À IGREJA EM ÉFESO

NOME DA IGREJA...................................... ÉFESO
SIGNIFICADO.............................................. DESEJÁVEL
PERÍODO APROXIMADO.......................... Ano 31 – 100 d.C.
TEXTO BÍBLICO......................................... APOCALIPSE 2:1-7


A definição da palavra Éfeso é “desejável”. A cidade de Éfeso estava localizada numa “desejável” posição geográfica. O nome desejável a identifica perfeitamente, pois, a igreja apostólica, realmente, era desejável aos olhos de Deus, tendo ao seu favor os seguintes aspectos:


 Fundada diretamente por Cristo, os primeiros líderes aprenderam dEle.
 Era uma igreja fiel aos princípios fundamentais da sã doutrina ensinada por Cristo.
 Possuía o poder d chuva temporã, o Espírito Santo e seus maravilhosos dons.
 Não faltaram grandes profetas.
 Obras maravilhosas eram manifestadas em seu meio.
 A ação missionária era inigualável e extensiva.
 O melhor testemunho fiel em favor de Jesus.


AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À ÉFESO




1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Aquele que tem 7 estrelas, anda no meio dos 7 candeeiros.


Já comentamos que os “candeeiros” são as igrejas em seus diversos períodos e também já abordamos que os “anjos” são os ministros, a direção responsável pela igreja, em cada época da história, desde a era apostólica até a volta de Cristo.


2 – CRISTO CONHECE – Obras, labor, perseverança.


Cristo lhe conhece muito bem. Ele sabe se suas obras são boas ou más. Sabe de tudo que você tem feito ou está pensando em fazer. As profundezas de cada coração estão claras e abertas aos olhos de Deus. Ele sabe se você tem perseverado ou está desistindo dEle.


3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – Não esmoreceu, suporta provas, prova os que ensinam, odeia obras dos Nicolaítas.


Todos os apóstolos, com exceção de João, foram assassinados. Nero foi um dos primeiros a lançar mão da espada contra a igreja vitoriosa. Mandou tocar fogo em Roma no dia 19 de julho de 64 d.C. e acusou os cristãos de terem feito isso. Cobriu alguns cristãos com peles de animais, para serem devorados por cães. Foram pregados em cruzes ou cravados em estacas no chão, que lhes furavam a garganta. Eram vestidos com túnicas ensopadas de um tipo de combustível e acesos como tochas humanas para espetáculo público.
Os Nicolaítas (mencionados também na carta à Pérgamo) eram cristãos que seguiam certas doutrinas e práticas contrárias à revelação. Ensinavam que a sensualidade não contaminava o espírito, reinando entre eles, a libertinagem sensual, a exaltação do adultério, a permissão de comer coisas sacrificadas aos ídolos. Além disso, negavam a divindade de Cristo.


4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO – Abandonou o primeiro amor.


Com a morte dos apóstolos, os cristãos que tomaram seus lugares, perderam aquele “fogo” espiritual do primeiro amor por Jesus e o evangelho. Dessa maneira, permitiram que ingressasse na igreja uma falta de amor pelas almas por quem Cristo deu a vida, gerando desânimo e falta de fervor.


5 – CONSELHO – Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras.


6 – AVISO, ADVERTÊNCIA – Candeeiro será removido, caso não te arrependas.


Se a igreja não atendesse a admoestação, não voltando ao primeiro amor, à prática das primeiras obras, Jesus moveria do seu lugar, o “candeeiro”, ou seja, Jesus privaria a igreja da luz e das bênçãos do evangelho, que até ali estavam ao seu alcance, para confia-las a outras mãos.
A indiferença é uma das piores coisas na vida espiritual. Só aceitar a verdade, meramente, sem vive-la, não salva ninguém. É necessário viver a verdade com zelo e fervor.


7 – PROMESSA E RECOMPENSA – O vencedor comerá da árvore da vida.


Vencer o quê?
Dois mundos devem ser conquistados na batalha da vida. O mundo interior e o exterior.
Temos uma grande batalha a travar com nosso próprio eu, que gosta das coisas desse mundo. Somente o apego a Jesus e a Sua palavra, fará com que o cristão seja um vitorioso diante de tantas coisas que o inimigo coloca no mundo para nos distrair e ocupar nossa mente.
Quem sair vitorioso do conflito entre Cristo e Satanás, terá o direito de comer da árvore da vida, que Adão e Eva perderam.

As Sete Igrejas do Apocalipse

AS SETE IGREJAS


INTRODUÇÃO

PATMOS E O IMPÉRIO ROMANO


Apocalipse 1:9

“Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.”

O império romano tem uma conta muito alta à prestar no dia do juízo.
Começando por:
Augusto (primeiro imperador romano);
Tibério (14 d.C.);
Calígula (o meio louco – 37 d.C.);
Cláudio (41 d.D.);
Nero (o infame - 54 d.C.) que na casa dos 20(vinte) anos de idade, ordenou a decapitação de Paulo e incendiou Roma na tentativa de “limpar” uma área suficiente para construir um novo e grande palácio e quando o fogo fugiu ao seu controle, danificando 10(dez) dos 14(quatorze) distritos de Roma, Nero, para tentar acalmar centenas de milhares de pessoas que perderam suas casas e negócios, aprisionou diversos cristãos como bodes expiatórios. Abriu seus jardins particulares e promoveu um grande “espetáculo” público. O historiador romano Tácito, conta-nos que Nero “vestiu” alguns dos cristãos com peles de animais e depois os “serviu” como banquetes aos cães ferozes. Outros cristãos foram crucificados ou queimados vivos, a fim de prover iluminação à noite, como se fossem luminárias de vias públicas.

Com a morte de Nero em 68 d.C., surgiram 3(três) imperadores transitórios:
Galba, Oto e Vitélio.
Em seguida veio Vespasiano que comandou a Guerra Judaica e quando faleceu em 79 d.C., seu filho Tito o sucedeu e era considerado o “mui querido dos romanos.”
Em 81 d.C., dois anos mais tarde, Domiciano, irmão mais velho de Tito, chegou ao poder do império romano. Tito fora bem sucedido no seu mandato, mas, Domiciano era mal-humorado, perdedor nato. A sociedade romana lhe recusou o respeito do qual se julgava merecedor, então, ele declarou-se a si próprio como divino, exigindo adoração. Intitulou-se oficialmente como “Senhor” e “Deus”. Poetas subservientes chegaram a descrever como “sagrados” até mesmo os peixes que ele comia.
João foi aprisionado por Domiciano e banido para a ilha de Patmos em 94 d.C. Patmos estava situada a aproximadamente 90(noventa) quilômetros ao sul de Éfeso, no mar Egeu, próxima a costa da Ásia menor. Em Patmos, a ilha do desterro dos criminosos, principalmente políticos, João teve suas visões, até que Domiciano foi morto e em 96 d.C., o imperador Nerva subiu ao trono e João, juntamente com outros cristãos, gozaram de anistia política retornando a Éfeso, onde concluiu a redação do apocalipse, chegando a falecer com cerca de 100(cem) anos de idade, sendo o único dos 12(doze) apóstolos a morrer de morte natural.

A PRIMEIRA VISÃO

Apocalipse 1:10 “DIA DO SENHOR”

“Achei-me em espírito no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim grande voz como de trombeta”

A sentença “dia do Senhor” vem do grego “Kuriake Hemera”. Alguns cristãos dizem “dia do Senhor” se refere ao primeiro dia da semana, o domingo, simplesmente por ter Jesus ressuscitado num domingo. Não encontramos respaldo bíblico para isso. Apesar de Cristo ter ressuscitado num domingo, a Bíblia, nem o próprio Jesus, o menciona como “dia do Senhor”.
Vamos mencionar algumas passagens que mostram qual é o “dia do Senhor”:

Isaias 58:13-14

“Se desviares o pé de profanar o sábado, e deixares de prosseguir nas tuas empresas no meu santo dia; se ao sábado chamares deleitoso, e santo dia do Senhor, digno de honra; se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem te ocupando nas tuas empresas, nem falando palavras vãs; então te deleitarás no Senhor, e eu te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse.”

Êxodo 20:10

“Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus...”

Êxodo 16:23

“Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR”

Êxodo 16:25

“O sábado é do SENHOR”

Ezequiel 20:12

“Também lhes dei os meus sábados para servirem de sinal entre mim e eles”

Ezequiel 20:20

“Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós”

Marcos 2:28

“De sorte que o Filho do Homem(Jesus) é Senhor também do sábado”

Poderíamos citar outros textos, mas, acredito que estes já são suficientes para comprovar que o “dia do SENHOR” é de fato o sábado. Mesmo diante de tantos textos que a Bíblia oferece,alguns ainda duvidam que João se referia ao sábado quando usou a expressão “dia do senhor”. O curioso de tudo isso é que quando João escreveu seu evangelho, ele não mencionou o “primeiro dia da semana” como “dia do senhor” (João 20:1). Diversos comentaristas bíblicos sabem que João escreveu seu evangelho em Éfeso, no ano 97 d.C. e, portanto, depois de ter escrito o apocalipse. Se realmente o “dia do senhor” fosse o primeiro dia da semana, certamente João o teria dito quando escreveu seu evangelho após retornar da ilha de Patmos.

JESUS NO MEIO DOS SETE CANDEEIROS

Apocalipse 1:12,13

“E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete candeeiros de ouro, e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de homem”

A) QUEM FALAVA COM JOÃO E QUAIS SUAS CARACTERÍSTICAS?

“Um semelhante a filho de homem” (Apocalipse 1:13)
“Olhos como chamas de fogo” (Apocalipse 1:14)
“Pés, semelhante ao bronze polido” (Apocalipse 1:15)

Podemos perceber que se trata de Jesus, pois, Ele mesmo disse: “Estas coisas diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido” (Apocalipse 2:18)

B) ONDE ESTAVA JESUS E O QUE ESTAVA SEGURANDO?

“No meio dos candeeiros” (Apocalipse 1:13)
“Tinha na mão direita sete estrelas” (Apocalipse 1:16)
“As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (Apocalipse 1:20)

C) QUAIS ERAM AS SETE IGREJAS?

“Dizendo: o que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.” (Apocalipse 1:11)

D) POR QUE SÓ SETE IGREJAS E NÃO ÀS OUTRAS?

A primeira vista dá a entender que na Ásia só havia sete igrejas cristãs no tempo de João e que só à elas foi dedicada a mensagem do livro do Apocalipse. Mas, sabemos que isso não é verdade, pois, podemos citar como exemplo outras igrejas que lá existiam naquela época, tais como: Galácia(para onde Paulo enviou uma de suas cartas); Colosso(também recebeu uma carta de Paulo); Mileto; Troas; Perge; Icônio; Listra; Derbe; Antioquia, etc.

Se o apocalipse é uma mensagem de Deus só para aquelas sete igrejas, não deveriam existir outras e as sete deveriam existir até agora e até a volta de Cristo, pois todas as cartas enviadas às sete igrejas terminam dizendo que o vencedor receberá algo. Notamos também que essas sete igrejas não mais existem naquelas cidades da Ásia. Por que, então só às sete foram privilegiadas com essas cartas?

Se prestarmos atenção há um fato curioso no final de cada carta onde diz: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Concluímos que cada carta não é dirigida somente à igreja a que se destina, mas a muitas outras igrejas.

Outro fato interessante foi o que Jesus falou aos discípulos, mandando-os pregar o evangelho a todas as nações e prometendo estar com eles “todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28:19 e 20). Ora, para fazer isso seria necessário fundar igrejas em toda a terra e não apenas na Ásia.

Vale salientar também que Jesus apresenta-se andando “no meio dos sete candeeiros” e, como já vimos em apocalipse 1:20, os candeeiros são as igrejas. Como Jesus pode estar “andando no meio das sete igrejas” se elas não mais existem na Ásia?
Tudo isso comprova que as sete igrejas são um símbolo da história da igreja cristã desde a época dos apóstolos até a vinda de Cristo outra vez. Cristo, em sua sabedoria, utilizou tanto os nomes, a história das sete cidades, bem como características das igrejas daquelas cidades, para identificar sete períodos ou sete fases na história de Sua igreja cristã, desde os apóstolos até o fim da história da humanidade.

E) QUEM SÃO OS ANJOS DAS SETE IGREJAS?

A palavra “anjo” provém do grego “AGGELOS”, cujo significado é “MENSAGEIRO” ou “EMISSÁRIO”. No novo testamento ela é aplicada a:
João Batista (Marcos 1:2);
Os discípulos de João Batista (Lucas 7:24);
Os discípulos de Jesus (Lucas 9:52);
Raabe também recebeu os “emissários” (aggelos), como espias (Tiago 2:25). Sabemos que os anjos de Deus são enviados por Ele para nos auxiliar, mas, não faz sentido Jesus mandar João escrever cartas para esses anjos, seres invisíveis, pois, de nada aproveitaria as Suas igrejas.

Sendo assim, concluímos que OS DIRIGENTES, OS MINISTROS, A DIREÇÃO RESPONSÁVEL PELA IGREJA, É CHAMADA DE “ANJO.

O fato de Jesus referir-se aos “anjos” (ministros) como “estrelas seguras em Sua mão direita, é uma linguagem tirada do livro de Daniel 12:3, para aqueles que ensinam o caminho da justiça. Do mesmo modo como as estrelas brilham pelo poder de Deus, os ministros fiéis no seu sagrado dever, terão o brilho de Jesus, contudo, devem entender que dependem inteiramente dEle e não dos homens, pois, caso não cumpram sua missão fielmente de dirigir a igreja do SENHOR como Ele quer, serão jogados pela mesma mão que os sustenta.


JESUS CUIDA DE SUAS IGREJAS

Uma das tarefas do Sumo Sacerdote no santuário israelita, era a de cuidar diariamente para que o candelabro estivesse sempre com azeite (óleo de oliva) a fim de manter continuamente acesas as sete lâmpadas do candeeiro (Levítico 24:1-4).
Em apocalipse 2:1, Jesus anda no meio dos sete candeeiros, ou seja, Ele é nosso Sumo Sacerdote e anda no meio de Sua igreja, que são os candeeiros (Apocalipse 1:20). Seu objetivo é cuidar para que Sua igreja “brilhe” como a luz do mundo, tal qual o Sumo Sacerdote fazia com o candelabro do santuário, cuidando para que sempre tivesse azeite. Para que Sua igreja reflita a luz que vem dEle, em cada carta, destacam-se 7(sete) características que são:

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO
2 – CRISTO CONHECE
3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO
4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO
5 – CONSELHO
6 – AVISO, ADVERTÊNCIA
7 – PROMESSA, RECOMPENSA


Já tivemos uma visão panorâmica das sete cartas que Jesus enviou às sete igrejas e agora, vamos analisar cada uma das 7(sete) cartas detalhadamente. Veremos que algumas delas, não trazem uma ou outra das sete características que acabamos de mencionar, obviamente em virtude de ter Cristo achado que não era necessário as sete características para todas as sete igrejas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

RESUMO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA DA SEMANA

Deve a mulher cristã usar véu na igreja hoje?

Outro dia um irmão me abordou sobre o assunto do uso do véu, passamos algum tempo estudando a Bíblia. Após apurado estudo ele me pediu para compartilhar com a igreja tal informação e por isso estou postando este artigo retirado do blog do Pr Gilson Medeiros. Espero seja de bom proveito a você querido leitor.

O Uso do Véu em Corinto

Deve a mulher cristã usar véu na igreja hoje?
(Adaptado)É comum encontrarmos em algumas de nossas Igrejas, pessoas com dúvidas sobre o uso do véu feminino dentro do templo, com base em declarações do apóstolo Paulo. Como é certo que não podemos confundir princípios com costumes, precisamos analisar até que ponto as orientações de Paulo à igreja de Corinto, no que se refere ao uso do véu pelas mulheres, também são aplicáveis à igreja cristã da atualidade, inclusive a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Vamos, primeiramente, analisar um pouco sobre a situação da igreja de Corinto na época do apóstolo.

Com base em informações levadas a Paulo pelos da família de Cloé (1Cor. 1:11), o apóstolo ficou sabendo do espírito divisionista com que vários setores da igreja se identificavam com líderes específicos (1:10-17). Outros pontos abordados por Paulo em sua primeira epístola podem também ter sido relatados a ele pela casa de Cloé, ou por outra fonte (talvez Estéfanas, Fortunato e Acaico – 16:17). Foram eles:
1. Alguns que recaíam aos antigos hábitos da vida (cap. 5)
2. Haviam dúvidas sobre o matrimônio (cap. 7)
3. Problemas quanto ao consumo de comidas sacrificadas a ídolos pagãos (cap. 8)
4. Haviam aqueles que estavam participando de forma errada da Ceia do Senhor (11:17-34)
5. Os dons espirituais estavam trazendo confusão ao culto público, especialmente o dom de línguas (cap. 14)
6. Outros não criam na ressurreição e em temas relacionados a ela (cap. 15)
7. E também haviam problemas referentes à participação pública das mulheres no culto (11:2-16)
Vê-se que na igreja de Corinto Paulo enfrentou problemas que não surgiram nas demais igrejas. Ele não preocupa-se em escrever sobre a maioria destes temas às outras igrejas, mas somente a Corinto. Isso mostra que esta igreja passava por uma crise doutrinária e de costumes, que refletia muito bem a situação cultural e religiosa da época e do local.

Vamos analisar aqui, particularmente, a exortação de Paulo às mulheres cristãs de Corinto, com relação ao uso do véu. Por que ele tratou desse tema naquela igreja? O mesmo conselho do apóstolo (para que as mulheres usem véu sobre a cabeça durante o culto público) tem validade universal para todas as igrejas cristãs?
Para responder a estas perguntas, vamos estudar primeiro um pouco sobre dois pontos importantes:

1) a maneira como as mulheres se trajavam na época;
2) o significado do véu naquela circunstância.

Um antigo costume
Na Antigüidade, a mulher carregava no corpo um sinal da autoridade do marido. Esse sinal era o véu. Esse mesmo costume prevalece até hoje entre alguns povos do Oriente. Nestes lugares, a mulher honesta não deve aparecer em público sem o véu, ou algo correspondente. No Irã, por exemplo, se usa o xador; no Afeganistão, os Talibans criaram a burca (um vestido comprido que cobre até os olhos); na Arábia Saudita, uma mulher pode até apanhar de chicote, caso esqueça o véu em casa.

O significado do véu
Era um sinal da honra e da dignidade das mulheres (Gên. 24:65; Cant. 4:1). Também considerava-se o véu um sinal de subordinação da mulher ao marido, por isso que não o usavam as mulheres de luto, as prostitutas e as esposas infiéis.
No tempo dos apóstolos, esse costume ainda era largamente praticado, mas parece que em Corinto um movimento de libertação feminina estava se iniciando e tirando a paz da igreja. Por isso, as mulheres estavam tirando o véu no culto público, por sentirem que o Evangelho as libertava do “jugo” do marido. Isso estava causando intrigas nos lares e na igreja, e estava também repercutindo mal na comunidade, pois as pessoas que presenciavam os cultos cristãos escandalizavam-se por ver mulheres sem véu (ou seja, "indecentes" e "desonradas") tomando parte no culto. Seria realmente aquela uma religião própria para mulheres honestas e fiéis, ou tratava-se de uma seita formada por prostitutas? Era a crítica normal feita à igreja.

Então, como vimos anteriormente, o problema chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, que escreveu a carta para orientar à igreja sobre este tema, entre outros.

A orientação de Paulo
Primeiramente, o apóstolo preocupa-se em reafirmar o princípio bíblico da igualdade entre os sexos (7:3-4). Mas, ele também confirma que o homem deve ser o “cabeça” da mulher, apesar da igualdade entre ambos (11:3). Em seguida, o apóstolo orienta que as mulheres cristãs seguissem o costume do uso do véu, próprio naquela cidade e ocasião (v. 6). Vê-se que o véu não era para todas as igrejas, mas para aquelas fundadas em lugares, especialmente no Oriente (como era o caso de Corinto), onde seu uso significasse submissão feminina ao marido, como manda a Escritura (Gên. 3:16).
Nos vv. 4-16 Paulo trata do tema de cobrir a cabeça, especialmente em relação com os serviços religiosos. Esta realmente é uma das passagens de Paulo à qual bem podem ser aplicadas as palavras de Pedro, de que Paulo escreveu "algumas" coisas "difíceis de entender" (2Pe 3:16), por isso precisamos estudá-la livre de preconceitos ou idéias preconcebidas. Devemos deixar que o contexto da passagem fale o que ela realmente significa.

Paulo proclamava uma nova e gloriosa liberdade no Evangelho. Essa proclamação tinha em si a semente do princípio cristão da dignidade do sexo feminino e sua liberação da condição degradada em que eram tidas as mulheres nos países pagãos. O apóstolo declarou: "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há varão nem mulher; porque todos vós são um em Cristo Jesus" (Gál. 3:28). Essa deveria ser a prática na vida social da Igreja que estava dando seus primeiros passos.
Porém, uma revolução social tão marcante não aconteceria sem problemas. Seria fácil ver como algumas mulheres convertidas ao cristianismo poderiam distorcer e usar mal sua liberdade no Evangelho para causar descrédito à igreja. Uma das difamatórias e infundadas acusações que se apresentaram contra o cristianismo, à medida que este se difundia e que despertaram o ódio de muitos, foi que os cristãos eram imorais. Não há dúvida de que esta acusação já podia haver-se espalhado nos dias de Paulo. Por isso era muito necessário que os cristãos se abstivessem "de toda espécie de mal" (1Tes. 5:22), e que recordassem o conselho adicional de seu professor: que embora certo proceder seja lícito, pode não ser conveniente (1Co 6:12). Mesmo que o Evangelho libertasse as mulheres de sua condição humilhante (mas, não descartava a autoridade que o marido deveria manter sobre a família), elas não deveriam utilizar esta “liberdade” para agir no culto público de forma a trazer escândalo, como acontecia com o abandono do uso do véu.

Esta análise do contexto da 1ª epístola aos Coríntios não deve ser desconsiderada, se queremos realmente obter a mensagem que o apóstolo tinha em mente ao falar àquela igreja.
O uso do véu por si só não produz honra, pois prostitutas também chegaram a usá-lo no passado (Gên. 38:14-15). O que as mulheres cristãs mais deveriam se preocupar era com a decência do vestuário, pois ele seria uma demonstração do caráter da mulher que se apresentava para participar do culto (1Tim. 2:9).

Da mesma forma, os cabelos compridos, somente, também não trazem honra, pois a mulher que enxugou os pés do Senhor Jesus, o fez com os próprios cabelos, que eram muito grandes, entretanto sabemos que sua honra não era das melhores (Jo 11:2; Lc 7:37-39). Quanto aos homens, nos dias de Paulo o costume entre os judeus, gregos e romanos era levar o cabelo curto. Entre os israelitas se considerava como vergonhoso que um homem tivesse o cabelo comprido, a menos que tivesse feito o voto de “nazireado” (Núm. 6:1-5).

COSTUMES (locais) X PRINCÍPIOS (universais)
O tema do uso do véu, na verdade, deve levar-nos a analisar o princípio envolvido por trás da exortação do apóstolo, pois bem sabemos que os costumes culturais variam com o passar do tempo; os princípios envolvidos, não. Por exemplo:
1. Deus mandou que Moisés retirasse as sandálias dos pés, pois o local em que estava era terra santa (Êx 3:5). Algumas religiões orientais seguem o mesmo costume ainda hoje, tirando os calçados quando vão entrar no templo para adoração. A ordem de Deus indica que temos que tirar o calçado quando nos aproximamos dEle em adoração? Devemos obedecer a mesma “ordem” ainda hoje? É claro que não, pois a mesma não aparece em nenhum outro momento, sendo que nem Jesus nem os apóstolos determinaram que essa deveria ser uma prática para a igreja mundial. Precisamos entender o princípio envolvido: reverência, respeito, humildade e submissão. Os costumes podem variar de cultura para cultura, mas o princípio da reverência é universal.
2. Para a problemática igreja de Corinto, Paulo também adverte que as mulheres deveriam ficar “caladas” na igreja (1Co 14:34). Seria este um conselho a ser seguido para todas as igrejas? Não. Se assim o fosse, ele o teria enviado às demais, mas enviou apenas para a de Corinto, o que mostra o caráter local dessa determinação. O princípio é o mesmo do uso do véu e da manifestação ordenada do dom de línguas – manter um culto reverente e livre de aparência do mal, evitando que se traga opróbrio à Igreja de Deus.
3. Os homens também deveriam cobrir a cabeça quando fossem ler as Escrituras (2Cor 3:14-16). Devemos seguir o mesmo costume hoje? O próprio Paulo diz que não, pois os judeus que faziam isso em sua época o faziam por não conhecerem a liberdade trazida pelo evangelho, como o próprio apóstolo declara (v. 16). O princípio envolvido aqui, mais uma vez, é a reverência para com o Senhor.
4. E o que dizer do ÓSCULO SANTO (cf. Rom. 16:16; 1Cor. 16:20; 2Cor. 13:12; 1Tess. 5:26)?
Poucos são os "barbados" que adoram buscar pretextos nos costumes bíblicos (a exemplo do uso do véu, mulheres caladas na igreja, etc.), e que estão dispostos a sairem trocando beijinhos com seus "irmãos bigodudos".

RESUMO
Após analisarmos o contexto das afirmações de Paulo sobre o uso do véu na igreja de Corinto podemos entender, livres de concepções pré-estabelecidas, que o uso do véu era um costume adequado àquela época, mas que não precisa ser observado na maioria das igrejas cristãs atuais, com exceção daquelas que estejam situadas em comunidades nas quais o véu seja um símbolo de recato, pudor e submissão da mulher ao seu marido, o que não é o caso do Brasil.
Temos, então, a seguinte compreensão para a passagem que trata do uso do véu em Corinto:

1Co 11:5 – “Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada.”
A mulher que se apresentasse sem o véu, estava desonrando a si mesma, pois seria considerada de má fama, como acontecia com aquelas que raspavam a cabeça.

11:6 – “Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso, que rape o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou rapar-se, cumpre-lhe usar véu.”
Se a mulher achava que tinha a mesma liberdade do homem para não usar o véu, então que também cortasse o cabelo como os homens cortavam. Mas isso seria ainda mais desonroso para ela. Então, o mais sensato seria usar o véu no culto público.

11:7 – “Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem.”
O véu simbolizava a submissão que a mulher deveria ter em relação ao marido. Como o homem era feito à própria imagem de Deus (vv. 8-9), ele não deveria usar o véu, mas a mulher sim, pois ela estava em uma posição de respeito e submissão ao seu marido.

11:10 – “Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade.”
Os anjos estavam (e estão) presentes nas reuniões de adoração ao Senhor. As mulheres de Corinto que compareciam a estas reuniões sem usarem o véu estavam desonrando a presença dos anjos, pois estavam, aos olhos do mundo, rebelando-se contra a autoridade devida aos seus respectivos maridos.
Nos vv. 11-12 Paulo mostra que, apesar dessa sujeição da mulher ao homem, eles devem entender que ambos estão ligados entre si, pois no evangelho não há mais a condição feminina humilhante que havia anteriormente.

11:13 – “Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu?”
Após explanar a necessidade do véu, Paulo faz uma pergunta retórica para que seus leitores vissem por si mesmos a necessidade de colocarem o assunto em sua correta direção. Depois do que Paulo explicou, a única resposta para tal pergunta seria “não”, ou seja, a mulher comprometida que viesse participar do culto público em Corinto deveria usar o seu véu.

11:14 – “Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido?”
Paulo lembra seus leitores de que a ordem natural das coisas (PHUSIS, em grego) demonstra que o uso do cabelo comprido do homem, naquela época e lugar, era considerado desonroso. Houve outros momentos da história em que homens poderiam usar cabelo comprido e não eram considerados sem honra, pelo contrário, eram tidos como mais abençoados e santificados que os demais, por exemplo: Sansão, João Batista e o próprio Jesus Cristo.

11:15 – “E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha.”
A palavra “mantilha” é a tradução do termo grego PERIBOLAION, que significa “cobertura”. A natureza, ou seja, o costume social aceito correntemente, era de que a mulher deveria utilizar o cabelo comprido para se distinguir dos homens. O cabelo longo seria um sinal de sua feminilidade.

11:16 – “Contudo, se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.”
Paulo não deseja que o sentimento de contenda faça parte da Igreja de Deus. Ninguém deveria utilizar os temas polêmicos para distrair a igreja do seu real objetivo – pregar o evangelho. Alguns utilizavam as reuniões para semear discórdias e levar os irmãos a afastarem-se do propósito principal (vv. 17-19).

Portanto, percebe-se claramente que o uso do véu era sim uma obrigação para as mulheres de Corinto, defendida exaustivamente pelo apóstolo Paulo.Porém, como explicado neste estudo, tal obrigação não se aplica a todas as demais igrejas cristãs, especialmente aqui no Brasil, onde o véu não é considerado um símbolo de respeito e submissão da esposa para com o seu marido.

FALTAM 11 DIAS PARA CARAVANA DA ESPERANÇA EM SORRISO


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domingo, 11 de setembro de 2011

Testemunho Pr Dilson Bezerra

http://www.youtube.com/watch?v=tI8haaTYv0E

Estamos caminhando para o fim da gincana de PGs 2011

Encontro de Coordenadores e Supervisores de PGs movimenta região Norte do Estado

Encontro de Coordenadores e Supervisores de PGs movimenta região Norte do Estado
Em Sinop, no dia vinte de agosto de 2011, os coordenadores e supervisores de pequenos grupos da região norte do Estado se reuniram para participar de um treinamento com vista a aperfeiçoar a formação da rede de pequenos grupos. O evento contou com a presença dos pastores Cícero Gama, Secretário e Coordenador de PG da UCOB, Williams Cesar, líder geral da AMT, Ariel Tenório, líder de PG da AMT e pastores distritais.

Durante o encontro foram ministradas palestras para auxiliar na formação dos coordenadores e supervisores. O pastor Cícero além de falar sobre os sete passos do supervisor eficaz discorreu sobre a importância de multiplicação dos pequenos grupos. Já o pastor Williams abordou o tema do líder e a missão. Com as palestras os participantes puderam ampliar sua visão sobre a atividade do supervisor e a importância de ter uma missão clara para o pequeno grupo.
Os participantes reagiram positivamente ao encontro. Ginaldo Pereira, coordenador em Sinop, avalia o encontro como sendo muito bom e que está ajudando em seu crescimento particular ao repassar as informações aos supervisores e líderes para o reavivamento espiritual dos mesmos. Divonzir Moreira, que atua como supervisor na cidade de Cláudia, diz que essas reuniões são muito importantes para o desenvolvimento dos líderes e o aprimoramento do conhecimento, o que melhora a qualidade dos pequenos grupos. Já Antonio Matos, coordenador em Peixoto de Azevedo, afirma que essa renovação de conceitos, exposição de uma visão espiritual é de suma importância para o líderes e ajudará os pequenos grupos.
Ao final da programação aconteceu a primeira investidura de líderes de pequenos grupos do Estado de Mato Grosso. Foram investidos 60 líderes segundo o cartão de líderes da DSA. Ao ser perguntando sobre o evento o pastor Cícero concluiu que os pequenos grupos precisam estar interligados e rede, e essa rede sobrevive e cresce com os coordenadores e supervisores. Eles precisam de inspiração e capacitação, e esse encontro cumpre esse objetivo. Para Cícero o sucesso dos pequenos grupos dependem de supervisores e coordenadores que estejam a altura das expectativas de Deus na caminhada dos pequenos grupos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SÉRIE AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE - A ILHA DE PÁTIMOS

Apocalipse 1:9-11
9 Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
10 Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,
11 que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia.

Papa pede a união de todas as igrejas cristãs



Cidade do Vaticano .- O Papa Bento XVI pediu neste domingo a unidade de todas as igrejas cristãs, porque "a comunhão dos cristãos, dará mais crédíto e fará mais eficaz a proclamação do Evangelho", antes da oração do Angelus na Praça de São Pedro para cerca de 50.000 fiéis.
"A Igreja é concebida como o corpo do qual Cristo é a cabeça, e com ele somos um só corpo", disse Ratzinger, o Papa citando São Paulo, disse também: "Fomos todos batizados por um Espírito, formando um só corpo, judeus ou gregos , escravos e libertos, para todos nós saciarmos a sede espiritual. "
"O que o apóstolo exorta-nos a comunicar", disse o Papa, é a idéia de unidade na multiplicidade dos carismas, que são os dons do Espírito Santo. "
Graças aos dons ", continuou ele," a Igreja é apresentada como uma igreja rica e vital, que o fruto do Espírito Santo nos conduz todos a uma profunda unidade, assumindo sem erradicar a diferença e fazer uma união harmoniosa . "
Por isso, acrescentou, é justo em Cristo e no espírito, que é a igreja uma só, que é uma íntima comunhão que transcende as capacidades humanas e sustentáveis ​​".
Nota MOAC: "A passos rápidos aproximamo-nos desse período. Quando as igrejas protestantes se unirem com o poder secular para amparar uma religião falsa, à qual se opuseram os seus antepassados, sofrendo com isso a mais terrível perseguição, então o dia de repouso papal será tornado obrigatório pela autoridade combinada da Igreja e do Estado. Haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional. Manuscrito 51, 1899." Evangelismo pág. 235