terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sermão Temático: Natal – Nascimento de Jesus

 




INTRODUÇÃO: Existem duas formas de estudar a Bíblia:
Procurando textos que pareçam concordar com nossas opiniões. Tirar esses textos do seu contexto e distorce-los, juntar outros textos que não tem nada a ver com o assunto. E fazer tudo isto para nossa honra e glória;
Ler a Bíblia com oração buscando a orientação do Espírito Santo. Ter o desejo de encontrar a verdade. Abandonar nossas ideias pessoais e aceitar o que diz a palavra de Deus. Comparar os diversos textos que falam do mesmo assunto (Isaías 28:10). Ler o contexto. Aceitar e praticar o que diz a Palavra de Deus.
Exemplo de distorção: Mateus 27:5; Lucas 10:37 (final do verso); João 13:27.
“Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se”.
“Vai e procede tu de igual modo”.
“E, após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: O que pretendes fazer, faze-o depressa”.
Alguns pregadores com pouco conhecimento bíblico e teológico, mas achando ter muito conhecimento e de intenções duvidosas fazem uma “salada de fruta” com a palavra de Deus. E se valendo de opiniões tiradas da internet chegam a conclusões mirabolantes sobre o natal e sobre o nascimento de Jesus. Na internet você pode encontrar pessoas defendo que vampiros e lobisomens existem. Você vai pregar sobre isto na igreja? A atitude desses pregadores cumpre o que Paulo escreveu ao jovem pastor Timóteo (1 Timóteo 1:3-7).
Em vez de pregar sobre tantos assuntos importantes para nossa salvação (a morte de Jesus, a lei de Deus, a segunda vinda etc.) se detém em pontos que promovem discussões e não levam a salvação. Veremos então algumas das conclusões e distorções que alguns pregadores chegam: I – O PRESÉPIO É UM SÍMBOLO PAGÃO – ERRADO
1) O presépio é uma representação da cena vista pelos pastores quando chegaram à estrebaria;
2) Viram Maria, José e Jesus na manjedoura – Lucas 2:16
II – O PRESÉPIO É ADORAÇÃO A IMAGENS – ERRADO
1) Seria as gravuras de Jesus e dos personagens bíblicos nas bíblias para crianças, os feltros usados na escola sabatina dos menores e as ilustrações das lições dos pequenos adoração a imagem;
2) Deus proibiu a prática de fazer e de adorar imagens de escultura e não o uso de gravuras e representações didáticas para o ensino;
3) Ele mesmo fez isso com relação ao santuário. Haviam dois anjos (querubins) de ouro, um candelabro, uma mesa com 12 pães, um altar de incenso e outros símbolos que representavam o plano da salvação.
III – A ÁRVORE DE NATAL É UM SÍMBOLO PAGÃO E DEVER SER BANIDA DE NOSSAS CASAS E IGREJAS – ERRADO
1) A origem da árvore de natal é incerta;
2) Existem várias lendas;
3) Adoração a divindades pagãs (Odin e outros);
4) São Bonifácio;
5) Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
6) O pinheiro é uma das poucas árvores que permanece ver de no inverno quando acontece o natal no hemisfério norte.
IV – A BÍBLIA PROIBE DE FORMA CLARA OU IMPLICITA A ÁRVORE DE NATAL?
1) Não! Nenhum texto da Bíblia fala sobre este assunto;
2) E textos que falam da adoração a árvores e deuses não se referem ao uso decorativo que fazemos com a árvore de natal.
3) A sombra das árvores era muitas vezes usada pelos pagãos para idolatria e prostituição – Oséias 4:13;
4) Deuteronômio 16:21 está condenando a árvore de natal?
5) Alguns afirmam que não devemos colocar um pinheirinho de natal perto do púlpito, pois isso seria plantar uma árvore junto ao altar;
6) Desconhecimento bíblico e teológico;
7) O povo de Deus sacrificava animais em altares;
8 ) Os pagãos também sacrificavam animais em altares;
9) Os sacrifícios do povo de Deus simbolizavam a morte de Jesus em nosso lugar e por nossos pecados,
10) Os sacrifícios pagãos eram uma forma de agradar, alcançar favores ou aplacar a ira dos deuses;
11) Sacrifícios parecidos. Objetivos diferentes.
12) Os pagãos plantavam árvores junto aos seus altares ou construíam seus altares embaixo de árvores. Faziam também postes ídolos. Faziam cultos da fertilidade, o que implicava em prostituição e orgias. Também sacrificavam filhos embaixo das árvores;
13) A preocupação de Deus era que o povo de Israel ao plantar árvores junto ao altarfossem tentados a prática do culto pagão idólatra e que envolvia sacrifícios humanos e prostituição;
V – O PINHEIRO DE NATAL E DEUTERONÔNIO 16:21
1) O pinheiro de natal não é uma árvore plantada junto a um altar de sacrifícios em honra aos deuses pagãos;
2) Por quê?
3) Ela é apenas uma decoração de natal;
4) Não está ali com o propósito de adoração;
5) O púlpito não é um altar, pois o altar estava no santuário e a igreja não é o santuário. O santuário está no Céu, onde está Jesus intercedendo por nós (Hebreus 4:14-16; 9:11-12, 23-24).
VI – CONSIDERAÇÕES SOBRE A ÁRVORE DE NATAL
1) Os hindus adoram a vaca. Um fazendeiro cristão pode criar vacas?
2) Os antigos egípcios adoravam o gato. Podemos ter um gato em casa?
3) Povos pagãos adoravam animais. Podemos ir ao zoológico?
4) Pagãos adoravam vários tipos de árvores. Podemos plantar árvores em nossa casa? Podemos ter uma pequena árvore na igreja, ou folhagens, ou flores?
5) Quem criou a árvore (e também o pinheiro) e os animais? Deus.
6) O fato dos pagãos terem adorado as coisas criadas e não o criador, isso significa que não podemos ter nada do que Deus criou em nossa casa ou igreja? Sim podemos!
7) Onde está o problema? Nas árvores ou no uso que fazemos delas?
8 ) Elas estão sendo adoradas por nós? Estamos sacrificando animais ou nossos filhos embaixo das árvores como faziam os pagãos ou nos prostituindo embaixo delas?
9) Ou estamos apenas usando como decoração o que Deus criou?
VII – TENTAÇÕES MODERNAS
1) As tentações modernas não são adorar uma árvore ou um animal, mas:
2) O sexo fora do casamento, ou sua perversão dentro dele;
3) O materialismo ou consumismo;
4) O amor ao dinheiro;
5) A falta de vontade de orar e ler a bíblia;
6) A idolatria a cantores e atores;
7) A inveja, o egoísmo e a maledicência.
VIII – ELLEN WHITE E O NATAL Extraído do Livro Lar Adventista, páginas 477 a 482 (apenas alguns parágrafos): O Natal Como Dia de Festa “Aproxima-se o Natal”, eis a nota que soa através do mundo, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Para os jovens, de idade imatura, e mesmo para os de mais idade, é este um período de alegria geral, de grande regozijo. Mas o que é o Natal, que assim exige tão grande atenção? … O dia 25 de dezembro é supostamente o dia do nascimento de Jesus Cristo, e sua observância tem-se tornado costumeira e popular. Entretanto não há certeza de que se esteja guardando o verdadeiro dia do nascimento de nosso Salvador. A História não nos dá certeza absoluta disto. A Bíblia não nos informa a data precisa. Se o Senhor tivesse considerado este conhecimento essencial para a nossa salvação, Ele Se teria pronunciado através de Seus profetas e apóstolos, para que pudéssemos saber tudo a respeito do assunto. Mas o silêncio das Escrituras sobre este ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias. O Dia não Deve Ser Passado por Alto
Sendo que o dia 25 de dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito. Troca de Presentes Como Sinais de Afeição As festas estão chegando rapidamente com sua troca de presentes, e jovens e idosos estão estudando intensamente o que poderão dar a seus amigos como sinal de afetuosa lembrança. É agradável receber um presente, mesmo simples, daqueles a quem amamos. É uma afirmação de que não estamosesquecidos, e parece ligar-nos a eles mais intimamente. … Jesus não Deve Ser Esquecido Irmãos e irmãs, enquanto estais planejando dar presentes uns aos outros, desejo lembrar-vos nosso Amigo celestial, para que não passeis por alto Suas reivindicações. Ele Se agradará se mostrarmos que não O esquecemos. Jesus, o Príncipe da vida, deu tudo a fim de pôr a salvação ao nosso alcance. … Ele sofreu mesmo até à morte, para que nos pudesse dar a vida eterna. É por meio de Cristo que recebemos todas as bênçãos. … Não deve nosso Benfeitor celestial participar das provas de nossa gratidão e amor? Vinde, irmãos e irmãs, vinde com vossos filhos, mesmo os bebês em vossos braços, e trazei ofertas a Deus, segundo vossas possibilidades. Cantai ao Senhor em vosso coração, e esteja em vossos lábios o Seu louvor. “Devemos Armar uma Árvore de Natal?” Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore.
A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal. Sejam vossas doações santificadas pela oração. Reviewand Herald, 11 de dezembro de 1879. As festividades de Natal e Ano Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados. Deus é glorificado quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar. Manuscrito 13, 1896. CONCLUSÃO:
  • Nós não sabemos o dia do nascimento de Jesus, mas provavelmente não tenha sido no dia 25 de Dezembro. Mas, isso não nos impede de comemorar seu nascimento neste dia e a cada dia;
  • A Bíblia não condena a árvore de natal;
  • Não podemos torcer textos e força-los a dizer o que eles não estão dizendo;
  • Jesus, um dia nasceu em Belém, mas Ele precisa nascer a cada dia em nosso coração.
  • Que este natal seja um dia de reflexão e gratidão a Deus por Jesus;
  • Que você aproveite a data para testemunhar da salvação em Jesus;
  • Esta é uma data do ano em que o coração das pessoas está mais aberto ao evangelho.
  • Que Jesus realmente nasça em seu coração no natal e a cada dia!
Pr. Paulo Aguiar Distrital de São Leopoldo, RS

Morre ex-presidente mundial da Igreja


Faleceu, na tarde de ontem, 14 de dezembro, aos 90 anos, o pastor Neal C. Wilson. O pastor Wilson foi presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia de 1979 a 1990. Antes desta função atuou como presidente da Igreja para a América do Norte.

O atual líder mundial da Igreja, pastor Ted Wilson, é filho do pastor Neal e, juntamente com a esposa, Nancy, recebeu uma mensagem de condolências por parte do líder da Igreja para a América do Sul, pastor Erton Köhler. Em suas palavras o pastor Köhler destacou que “Deus irá prover alívio, força e renovará a esperança de um breve reencontro por ocasião da volta de Jesus”.

[Equipe ASN – Márcia Ebinger]

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

DAVI

São estas as últimas palavras de Davi: Palavra de Davi, filho de Jessé, palavra do homem que foi exaltado, do ungido do Deus de Jacó, do mavioso salmista de Israel. O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a Sua palavra está na minha língua. II Sam. 23:1 e 2.

Quem pode medir os resultados daqueles anos de labuta e vaguear entre as solitárias colinas? A comunhão com a natureza e com Deus, o cuidado de seus rebanhos, os perigos e os livramentos, os pesares e as alegrias, coisas que eram próprias à sua humilde condição, não somente deviam modelar o caráter de Davi, e influenciar na sua vida futura, mas também deveriam, mediante os salmos do suave cantor de Israel, e em todas as eras vindouras, acender o amor e a fé nos corações do povo de Deus, levando-os mais perto do coração sempre amante dAquele em quem vivem todas as Suas criaturas.
Davi, na beleza e vigor de sua jovem varonilidade, estava se preparando para assumir uma elevada posição, entre os mais nobres da Terra. Seus talentos, como dons preciosos de Deus, eram empregados para exaltar a glória do Doador divino. Suas oportunidades para a contemplação e meditação serviam para enriquecê-lo daquela sabedoria e piedade, que o tornavam amado de Deus e dos anjos. Contemplando ele as perfeições de seu Criador, mais claras concepções de Deus desvendavam-se perante sua alma. Eram iluminados assuntos obscuros, dificuldades eram explanadas, harmonizadas perplexidades, e cada raio de nova luz provocava novas expansões de transportes, e mais suaves antífonas de devoção, para a glória de Deus e do Redentor.
O amor que o movia, as tristezas que o assediavam, os triunfos que o acompanhavam, tudo eram assuntos para o seu ativo pensamento; e, ao ver o amor de Deus em todas as providências de sua vida, seu coração palpitava com mais fervorosa adoração e gratidão, sua voz soava com mais magnificente melodia, sua harpa era dedilhada com alegria mais exultante; e o jovem pastor ia de força em força, de conhecimento em conhecimento; pois o Espírito do Senhor estava sobre ele. Patriarcas e Profetas, pág. 642.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SAMUEL

E crescia Samuel, e o Senhor era com ele; e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor. I Sam. 3:19 e 20.

Durante os anos que se passaram desde que o Senhor Se manifestara pela primeira vez ao filho de Ana, viera a vocação de Samuel ao ofício profético a ser reconhecida por toda a nação. Transmitindo fielmente a advertência divina à casa de Eli, por penoso e probante que tivesse sido este dever, Samuel dera prova de sua fidelidade como mensageiro de Jeová; "e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor".
Os israelitas, como uma nação, continuavam ainda em estado de irreligião e idolatria, e como castigo permaneceram sujeitos aos filisteus. Durante este tempo Samuel visitou as cidades e aldeias por todo o país, procurando volver o coração do povo ao Deus de seus pais; e seus esforços não ficaram sem bons resultados. Depois de sofrerem a opressão de seus inimigos durante vinte anos, os israelitas lamentavam "após o Senhor". Aconselhou-os Samuel: "Se com todo o vosso coração vos converterdes ao Senhor, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao Senhor, e servi a Ele só" (I Sam. 7:3); aqui vemos que a piedade prática, a religião do coração, era ensinada nos dias de Samuel como o foi por Cristo quando Ele esteve na Terra. Sem a graça de Cristo, as formas exteriores da religião eram destituídas de valor para o antigo Israel. Elas são o mesmo para o Israel moderno.
Há hoje necessidade de um tal reavivamento da verdadeira religião do coração como o que foi experimentado pelo antigo Israel. O arrependimento é o primeiro passo que deve ser dado por todos os que desejam voltar a Deus. Ninguém pode efetuar isto por outrem. Devemos individualmente humilhar nossa alma perante Deus, e lançar fora nossos ídolos. Quando houvermos feito tudo o que pudermos, o Senhor nos manifestará a Sua salvação. Patriarcas e Profetas, págs. 589 e 590.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

“Aqui é Natal o ano inteiro”

Em visita à capital do Rio Grande do Norte, li certa vez os dizeres: “Aqui é Natal o ano inteiro” Com a chegada do fim do ano, nossos pensamentos se voltam para a data comemorativa do nascimento de Jesus Cristo. À parte a discussão sobre o dia desse acontecimento, que certamente não foi em 25 de dezembro, resta lembrar que ele representou uma das três ocasiões mais significativas para a história deste mundo, sendo as outras duas a criação e a volta de Jesus.
Ao lembrar essa data, vem à mente o espírito do Natal, representado biblicamente por dois acontecimentos exemplares. O primeiro é a dádiva de Deus de Seu próprio Filho, o maior presente oferecido na história universal, concedido à humanidade caída. O segundo é a oferta dos dois grupos humanos que visitaram o recém-nascido Jesus em Belém: “Ao entrarem na casa, [os magos] viram o menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram. Então, abriram os seus tesouros e Lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt 2:11) * Pastores também deixaram seus labores no campo a fim de homenageá-Lo (Lc 2:15,16).
Esse espírito toma conta da cristandade nas festas de fim de ano. A maior evidência da graça de Deus nos leva também a presentear. De modo geral, esse impulso de generosidade é dirigido primariamente aos familiares e amigos mais próximos. Trocamos presentes em nossas comemorações natalinas familiares, o que, em si, não está errado.
Como em todas as boas coisas, a ganância humana logo percebeu que poderia lucrar com a bondade gerada por esse espírito. E haja promoções natalinas em todas as áreas do comércio. Haja propagandas com temas natalinos em harpas paraguaias. Papais-noéis, árvores de natal enfeitadas com neve de isopor, luzes piscantes made in China, tudo para arrancar dos incautos um pouco mais de dinheiro com a “festa máxima da cristandade”.
Para ficar no tema da predominância do egoísmo, destacam-se ainda os excessos nas comemorações, em que o abuso do álcool e a glutonaria tiram do ser humano todo resquício do espírito de louvor e adoração que deveria predominar na celebração da maior dádiva oferecida por Deus à humanidade.
Esses desvios levam muitos a detestar o Natal, como algo desumano e pagão (e muitas vezes as celebrações não passam desse nível). Mas o cristão sincero não precisa fugir do que é bom por causa dos excessos incentivados pelo mal. O verdadeiro espírito de Natal pode fazer maravilhas.
O conselho de Jesus a respeito dos jantares pode ser aplicado perfeitamente ao oferecimento de presentes: “Quando você der um banquete ou jantar, não convide seus amigos, irmãos ou parentes, nem seus vizinhos ricos; se o fizer, eles poderão também, por sua vez, convidá-lo, e assim você será recompensado. Mas, quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos. Feliz será você, porque estes não têm como retribuir. A sua recompensa virá na ressurreição dos justos” (Lc 14:13).
Em suas celebrações natalinas, lembre-se dos despossuídos, dos solitários, dos enfermos. Convide aquele colportor-estudante ou outros jovens que estão longe de casa ou cuja família não pertence à mesma fé. Convide aquele divorciado ou aquela viúva que não tem com quem cear. Lembre-se de oferecer de presente algo útil àquela pessoa necessitada de sua igreja ou àquele vizinho desempregado. E não pense em doar apenas coisas materiais. Doe também seu tempo, seu carinho, atenção, ouvidos para ouvir e compreender.
Envolva-se no Mutirão de Natal. Participe das promoções natalinas de sua igreja. Mas lembre-se de que as necessidades não se esgotam no dia 26 de dezembro. “Os pobres”, disse Jesus, “vocês sempre terão consigo” (Jo 12:8). As necessidades materiais e espirituais se estendem aos outros 364 dias do ano. Transforme a vida numa eterna doação aos outros. Adote como estilo de vida o espírito do Natal. Nesse sentido, é Natal o ano inteiro. Viva o Natal!
Lícius Lindquist
www.revistaadventista.com.br
Dez/2009

Ellen White e o Natal


Quando chega o Natal, muitos interrogam: É certo fazermos comemoração do Natal, uma vez que não sabemos nem o dia em que Jesus nasceu? É certo colocarmos uma árvore de Natal na igreja, para alegria das crianças? Ellen White, nesta entrevista, nos orienta a respeito deste assunto. As perguntas são formuladas por nós, mas as respostas são literalmente da pena de Ellen G. White. Veja a fonte no final da entrevista.

Pergunta: Sra. White, podemos saber exatamente o dia em que Jesus nasceu?
E.G.W.: “A Bíblia não nos informa a data precisa do nascimento de Jesus. Se o Senhor tivesse considerado este conhecimento essencial para nossa salvação, ele se teria pronunciado através de Seus profetas e apóstolos, para que pudéssemos saber tudo a respeito do assunto. Mas o silêncio das Escrituras sobre este ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias.”

Pergunta: Se não sabemos o dia exato do nascimento de Jesus, é lícito realizarmos algum tipo de comemoração no dia 25 de dezembro, dia em que o mundo cristão comemora esse acontecimento?
E.G.W.: “Sendo que o 25 de dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, ser-vos-á difícil passar por alto este período sem lhes dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito.”

Pergunta: O que a senhora acha sobre o costume de dar presentes na época do Natal?
E.G.W.: “É agradável receber um presente, mesmo simples, daqueles a quem amamos. É uma afirmação de que não estamos esquecidos, e parece ligar-nos a eles mais intimamente… Está certo concedermos a outros demonstrações de amor e afeto, se em assim fazendo não esquecermos a Deus, o nosso melhor amigo. Devemos dar nossos presentes de tal maneira que se provem um real benefício ao que recebe. Eu recomendaria determinados livros que fossem um auxílio na compreensão da Palavra de Deus, ou que aumentem nosso amor por seus preceitos.

Pergunta: E como podemos manifestar a Jesus nosso reconhecimento nas festividades do Natal?
E.G.W.: “Irmãos e irmãs, enquanto estais planejando dar presentes uns aos outros, desejo lembrar-vos nosso Amigo celestial, para que não passeis por alto Suas reivindicações. Não se agradará Ele se mostrarmos que não O esquecemos? Jesus, o Príncipe da Vida, deu tudo a fim de pôr a salvação ao nosso alcance. Ele sofreu mesmo até a morte, para que nos pudesse dar a vida eterna… Não deve nosso Benfeitor celestial participar das provas de nossa gratidão e amor? Vinde, irmãos e irmãs, vinde com vossos filhos, mesmo os bebês em vossos braços, e trazei ofertas a Deus, segundo vossas possibilidades. Cantai ao Senhor em vosso coração, e esteja em vossos lábios o Seu louvor.”

Pergunta: A senhora vê alguma forma mais sensata de comemorarmos o Natal, do que aquela que é freqüentemente praticada entre os cristãos?
E.G.W.: “Temos o privilégio de afastar-nos dos costumes e práticas desta época degenerada; em vez de gastar meios meramente na satisfação do apetite, ou com ornamentos desnecessários ou artigos de vestuário, podemos tornar as festividades uma ocasião para honrar e glorificar a Deus. Cristo deve ser o objetivo supremo; mas da maneira em que o Natal tem sido observado, a glória é desviada dEle para o homem mortal, cujo caráter pecaminoso e defeituoso tornou necessário que Ele viesse ao nosso mundo. Jesus a Majestade do Céu, o nobre Rei do Céu, pôs de lado Sua realeza, deixou Seu trono de glória, Sua alta posição, e veio ao nosso mundo para trazer ao homem caído, debilitado nas faculdades morais e corrompido pelo pecado, auxílio divino… Os pais deviam trazer essas coisas ao conhecimento de seus filhos e instruí-los mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, em suas obrigações para com Deus.”

Pergunta: E como fazer isso de tal forma que as crianças compreendam e aceitem de boa vontade?
E.G.W.: “Há muita coisa que pode ser planejada com gosto e muito menos dispêndio do que os desnecessários presentes que são freqüentemente oferecidos a nosso filhos e parentes, podendo assim ser mostrada cortesia e a felicidade de ser levada ao lar. Podeis ensinar uma lição aos vossos filhos enquanto lhes explicais a razão por que tendes feito uma mudança no valor de seus presentes, dizendo-lhes que estais convencidos de que tendes até então considerado o prazer deles mais que a glória de Deus… Como os magos do passado, podeis oferecer a Deus vossos melhores dons e mostrar por vossas ofertas a Ele que apreciais Seu dom por um mundo pecaminoso. Levai os pensamentos de vossos filhos através de um canal novo, altruístico, incitando-os a apresentar ofertas a Deus pelo dom do Seu Unigênito Filho.

Pergunta: E quanto ao costume de se colocar uma árvore de Natal na igreja?
E.G.W.: “Deus muito se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvore de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um perfumoso pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore. A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai vossas doações santificadas pela oração. As festividades de Natal e Ano Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados que têm família grande para sustentar.”
Nota: Todas as respostas acima colocadas são da pena de Ellen G. White, e encontram-se no livro Lar Adventista, às páginas 477 – 482.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

GIDEÃO

Então, Se virou o Senhor para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei Eu? E ele Lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai. Tornou-lhe o Senhor: Já que Eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem. Juí. 6:14-16.
Todas as maravilhas que Deus operou para Seu povo foram efetuadas pelos meios mais simples. Quando o povo de Deus for inteiramente consagrado a Ele, o Senhor os usará para levar avante Sua obra na Terra. Mas devemos lembrar-nos de que, seja qual for o êxito que venhamos a ter, a glória e a honra pertencem a Deus; pois toda faculdade e todo poder são uma dádiva de Sua parte.
Deus provará ao máximo a fé e a coragem daqueles a quem confiou responsabilidades em Sua obra. As aparências muitas vezes serão proibitivas. Se bem que Deus tenha reiterado a certeza de Sua ajuda, a fé quase vacilará. "Assim diz o Senhor" tem de ser nossa firme confiança, independentemente de raciocínios humanos ou impossibilidades aparentes.
A experiência de Gideão e seu exército destinava-se a ensinar-nos lições de simplicidade e fé. O dirigente a quem Deus escolhera não ocupava posição preeminente em Israel. Não era príncipe, sacerdote, nem levita. Julgava-se o menor na casa de seu pai. A sabedoria humana não o teria escolhido; mas Deus viu em Gideão um homem de coragem moral e integridade. Não confiava em si próprio, e queria atender às instruções de Deus e cumprir Seus desígnios.
O Senhor não depende de homens de posição elevada, grande intelecto, ou amplo conhecimento. Tais homens, freqüentemente, são altivos e auto-suficientes. Julgam-se competentes para inventar e executar planos sem buscar o conselho de Deus. Separam-se da Videira Verdadeira, tornando-se, portanto, secos e infrutíferos, como ramos sem vida.
O Senhor queria envergonhar a jactância dos homens. Ele dará êxito aos mais débeis esforços, aos métodos menos promissores, quando designados por determinação divina e empreendidos com confiança e humildade. Signs of the Times, 30 de junho de 1881.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Presenteie Esperança com o Livro “Ainda Existe Esperança”

Todos os anos a Igreja Adventista do Sétimo Dia(IASD) escolhe um livro missionário para ser lido por seus membros e amigos, uma oportunidade de evangelizar através da página impressa. Em 2011 a obra escolhida é o livro “Ainda Existe Esperança” de Enrique Chaij. O autor é argentino, natural de Buenos Aires, é pastor e escritor.
O livro escava o campo desse sentimento que auxilia o ser humano em seus momentos mais difícies, a esperança. Em que consiste? Como se pode cultivá-la? Que benefícios oferece? Essa obra é um convite para quem deseja conhecer a fonte da esperança e renovar sua vida. O escritor envolve o leitor com histórias e fatos de pessoas que viviam sem esperança e o que aconteceu em suas vidas depois que se encontraram com a fonte da esperança.
Chaij resalta em seu livro que “Uma pessoa sem esperança é alguém sem sonhos, sem ideais, sem otimismo, sem futuro. Quando não há esperança, o desespero toma conta da vida. Aparece então o pensamento derrotista e surge fracasso.”
“Ainda Existe Esperança”, você pode adquirir o seu exemplar ou exemplares para presentear seus amigos por apenas R$1,00. O livro pode acompanhar qualquer presente neste fim de ano, presenteie esperança!
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

DÉBORA E BARAQUE

          Naquele dia, cantaram Débora e Baraque, filho de Abinoão, dizendo: Desde que os chefes se puseram à frente de Israel, e o povo se ofereceu voluntariamente, bendizei ao Senhor. Juí. 5:1 e 2.

Havendo-se novamente separado de Deus pela idolatria, os israelitas foram severamente oprimidos por esses inimigos. As propriedades e até a vida do povo estavam em constante perigo. Por isso as aldeias e as habitações isoladas foram abandonadas, e o povo reuniu-se nas cidades muradas. As estradas principais não eram usadas, e as pessoas iam de um lugar para outro por caminhos pouco freqüentados. Nos lugares em que se tirava água, muitos eram assaltados e até assassinados, e para aumentar sua aflição, os israelitas estavam indefesos. Entre quarenta mil homens, não se encontrou uma só espada ou lança.
Durante vinte anos os israelitas sofreram sob o jugo do opressor; então eles se voltaram de sua idolatria, e em humildade e arrependimento clamaram ao Senhor por livramento. E não clamaram em vão. Habitava em Israel uma mulher, famosa por sua religiosidade, e por meio dela o Senhor escolheu livrar o Seu povo. Seu nome era Débora. Era conhecida como profetisa, e na ausência dos costumeiros juízes, o povo se dirigia a ela em busca de conselho e justiça.
O Senhor comunicou a Débora o Seu propósito de destruir os inimigos de Israel, e mandou-a chamar um homem por nome Baraque, da tribo de Naftali, e dar-lhe a conhecer as instruções que recebera. Ela, por conseguinte, mandou chamar a Baraque, e instruiu-o a reunir dez mil homens das tribos de Naftali e Zebulom, a fim de guerrear contra o exército do rei Jabim. ...
Débora comemorou a vitória de Israel num cântico muito exaltado e sublime. Ela atribuiu a Deus toda a glória do livramento deles, e mandou que o povo O louvasse por Suas obras maravilhosas. Signs of the Times, 16 de junho de 1881.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

JOSUÉ

         Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. Jos. 1:5.

Depois da morte de Moisés, Josué foi designado como dirigente de Israel para conduzi-los à Terra Prometida. Ele estava bem habilitado para este importante cargo. Fora primeiro-ministro para Moisés durante a maior parte do tempo que os israelitas haviam vagueado no deserto. Vira as maravilhosas obras de Deus efetuadas por Moisés e compreendia muito bem a índole do povo. Ele foi um dos doze espias enviados para examinar a Terra Prometida, e um dos dois que apresentaram um relato fiel de sua riqueza e animaram o povo a subir e possuí-la na força de Deus.
O Senhor prometeu a Josué que estaria com ele assim como esteve com Moisés, fazendo de Canaã uma fácil conquista para ele, contanto que fosse fiel em observar todos os Seus mandamentos. Josué ficara preocupado com a execução de seu encargo de levar o povo à terra de Canaã; mas essa garantia removeu-lhe os temores. Ele mandou que os filhos de Israel se preparassem para uma caminhada de três dias, e que todos os homens de guerra se aprontassem para a batalha.
"Então, responderam a Josué, dizendo: Tudo quanto nos ordenaste faremos e aonde quer que nos enviares iremos. Como em tudo obedecemos a Moisés, assim obedeceremos a ti; tão-somente seja o Senhor, teu Deus, contigo, como foi com Moisés. Todo homem que se rebelar contra as tuas ordens e não obedecer às tuas palavras em tudo quanto lhe ordenares será morto, tão-somente sê forte e corajoso." Jos. 1:16-18.
Deus queria que a passagem dos israelitas pelo Jordão fosse miraculosa. Josué ordenou que o povo se santificasse, porque no dia seguinte o Senhor faria maravilhas no meio deles. No tempo designado, ele mandou que os sacerdotes erguessem a arca que continha a lei de Deus, e a levassem adiante do povo. "Então, disse o Senhor a Josué: Hoje, começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, como fui com Moisés, assim serei contigo." Jos. 3:7. Testimonies, vol. 4, págs. 156 e 157.